O cidadão brasileiro, de 48 anos, foi preso após
encontrarem 10 kg de cocaína escondidos em sua cabine
No dia 15 de março, a
Polícia Federal Australiana (AFP) e a Força de Fronteira Australiana (ABF)
prenderam um cidadão brasileiro, após encontrarem 10 kg de cocaína escondidos
em sua cabine em um navio de cruzeiro em Sydney.
O navio em questão
partiu da Argentina, mas o relatório policial não especifica o nome da
embarcação. Contudo, três cruzeiros internacionais atracaram em Sydney no mesmo
dia: o Ovation of the Seas (Royal Caribbean International), o Royal Princess (Princess
Cruises), e o MSC Magnifica (MSC Cruises), este último em viagem com escalas confirmadas no Brasil e na Argentina.
O acusado, Adriano
Gustavo Leonardi Thiem, de 48 anos, foi levado ao Tribunal Local de Downing
Centre, na segunda-feira, 17 de março, acusado de importar e possuir drogas
controladas na fronteira.
A localização da
droga ocorreu durante uma inspeção de rotina. Agentes da ABF encontraram um
pacote oculto na cavidade do teto da cabine do passageiro. O pacote continha 28
pacotes individuais de cocaína.
Durante a revista,
os agentes também encontraram na cavidade do teto e no guarda-roupa, materiais
usados habitualmente por “mulas” para prender entorpecentes ao corpo para
tentar transportar drogas através de fronteiras ou outros pontos de verificação
de segurança sem serem detectados.
A ABF alertou a AFP
após o teste inicial da substância nos pacotes retornar um resultado positivo
para cocaína.
Quando a AFP
verificou o telefone celular do homem, eles supostamente encontraram evidências
relacionadas ao tráfico de drogas.
A AFP estabeleceu
que os pacotes continham cerca de 10 kg de cocaína e acusou o homem de:
Uma acusação de importação
de uma quantidade comercial de uma droga controlada na fronteira, contrária à
seção 307.1(1) do Código Penal (Cth) e acusação de posse de uma quantidade
comercial de uma droga controlada na fronteira importada ilegalmente, contrária
à seção 307.5 do Código Penal (Cth). Ambas as infrações acarretam uma pena
máxima de prisão perpétua.
A superintendente,
detetive da AFP, Kristie Cressy, disse que a AFP trabalhou em estreita
colaboração com a ABF e outros parceiros para impedir que drogas ilícitas
entrassem no país, não importa o método.
"Os traficantes
de drogas são motivados pela ganância, eles não se importam com os danos que
causam", disse a superintendente detetive Cressy.
"Essa
quantidade de cocaína poderia ter sido vendida na comunidade como 10.000
negócios de rua individuais de 1 grama por cerca de US$ 3 milhões.
Primeiro caso em navio de cruzeiros na Australia
O caso em Sydney
marca o primeiro relato na Austrália de traficantes usando navios de cruzeiro
para transportar drogas. Este método tem sido utilizado por organizações
criminosas (ORCRIM) ao redor do mundo, e a polícia australiana está cada vez
mais atenta a essas táticas.
Navios como o
Ovation of the Seas, Royal Princess e MSC Magnifica estavam programados para
chegar a Sydney no mesmo dia, após escalas na América do Sul. A ABF está ciente
de que o aumento no número de cruzeiros traz novos desafios para a segurança,
mas está determinada a impedir esses esquemas.
Preocupação global
O caso também não é
único. Em 2022, a polícia espanhola prendeu traficantes em dois cruzeiros que
viajavam da América do Sul. Em 2023, a polícia francesa fez apreensões
semelhantes, com entregadores de drogas tentando contrabandear cocaína da
América do Sul para a Europa.
A prisão do
brasileiro em Sydney destaca a crescente preocupação com o uso de cruzeiros
para atividades ilícitas. Enquanto isso, as autoridades continuam sua
vigilância, trabalhando para impedir que esses esquemas se expandam.
A acusação formal de
posse de drogas controladas na fronteira e tentativa de importação para a
Austrália foi apresentada ao réu, que agora aguarda seu julgamento.
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