Segundo especialistas, a utilização de cães de detecção
apresenta vantagens significativas em relação a outros métodos de fiscalização
O aumento do uso de
cães de detecção de drogas - K9 em terminais marítimos de passageiros tem se
destacado como uma das principais estratégias no combate ao tráfico de
entorpecentes. Este tipo de fiscalização, que já é comum em aeroportos, tem
sido expandido para portos, locais estratégicos no controle do transporte de
drogas para diversos países.
Terminais de Passageiros
Nos terminais
marítimos de passageiros, por onde circulam milhões de turistas e mercadorias
anualmente, os cães de detecção têm sido aliados fundamentais para a segurança
pública.
Esses animais, com
treinamento especializado, são capazes de identificar substâncias ilícitas
escondidas em bagagens, containers e até no próprio corpo dos passageiros,
oferecendo uma linha de defesa difícil de burlar.
Porto de Santos
No Porto de Santos,
a Guarda Portuária (Gport), a Receita Federal do Brasil (RFB) e a Polícia
Federal (PF) desempenham um papel crucial no combate ao tráfico de drogas,
utilizando cães de detecção altamente treinados. No entanto, desafios como a
limitação de efetivos humanos e caninos tornam difícil atender à crescente
demanda por segurança preventiva.
No início, a inspeção
das bagagens no Terminal Marítimo de Passageiros Giusfredo Santini era
realizada pela GPort, no entanto hoje ela atua no costado do navio e áreas
anexas ou quando solicitado em apoio de operações da PF ou RFB.
SAIBA MAIS: CÃO DO CANIL DA GUARDA PORTUÁRIA CONFIRMA DROGA EM BAGAGEM
Posteriormente esse
tipo de fiscalização ficou a cargo de um canil contratado pelo terminal, com
essa finalidade. O Grupo ABA Infra, controladora do terminal marítimo de
passageiros de Santos, tem investido nesse serviço, expandindo a utilização de
cães também nos terminais de Salvador-BA, Rio de Janeiro-RJ e Fortaleza-CE, também
controlados por ela.
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Bruno Melo, Erasmo Gomes (Abrapam), Matheus Paixão (Grupo ABA) e Bruno Franco |
Utilização de Cães de Detecção
Segundo
especialistas, a utilização de cães de detecção apresenta vantagens
significativas em relação a outros métodos de fiscalização. Enquanto os humanos
possuem cerca de 6 milhões de receptores olfativos, os cães têm impressionantes
300 milhões. Além disso, a região do cérebro canino dedicada a analisar cheiros
é cerca de 40 vezes maior que a nossa, o que permite que detectem pequenas
quantidades de drogas em meio a grandes volumes de mercadorias e passageiros.
Além disso, o investimento contínuo nesse tipo de serviço melhora a precisão e
a velocidade das buscas, reduzindo os impactos operacionais nos portos.
Utilização em portos
A utilização
crescente desses cães em portos também é reflexo de uma tendência global de
aprimorar a segurança nas operações portuárias. Em diversas partes do mundo, o
modelo tem sido adotado com sucesso em portos estratégicos, especialmente em
regiões de alto risco para o tráfico de drogas, como o Caribe e a América
Latina.
Em um mundo onde o
tráfico de drogas continua a ser uma ameaça crescente, o papel dos cães de
detecção nos portos surge como uma solução estratégica e eficiente,
contribuindo para a segurança nas fronteiras e a integridade das operações
marítimas. A tendência é que essa tecnologia, cada vez mais sofisticada, se
expanda para outros pontos de controle, consolidando-se como uma ferramenta
indispensável no combate ao crime organizado global.
LEIA TAMBÉM: A INSPEÇÃO COM CÃES DE DETECÇÃO NO COMBATE AO TRÁFICO DE DROGAS NOS PORTOS BRASILEIROS
Agências Marítimas
As agências
marítimas, que têm a responsabilidade de gerenciar o transporte de cargas e
passageiros, também estão intensificando o uso dessas equipes caninas, não só
para cumprir exigências legais, mas para garantir a integridade das operações.
A flexibilidade dos cães em atuar tanto em áreas abertas quanto em locais de
difícil acesso, como os porões dos navios, torna-os ideais para essas funções.
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