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quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

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LÍDER DO PCC É PRESO AO DESEMBARCAR DE CRUZEIRO NO PORTO DE SANTOS


Além dele, outros dois homens, que seriam seus comparsas, também foram presos; polícia apreendeu ainda 400 tabletes de cocaína

Na última quinta-feira (26/12), a Polícia Civil de São Paulo, com o apoio da Polícia Federal (PF), prendeu um homem, apontado como liderança da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), no Porto de Santos, no litoral de São Paulo.

Segundo informações, o suspeito foi preso no momento em que desembarcava do navio Costa Pacifica, no Terminal Marítimo de Passageiros Giusfredo Santini. Ele voltava de uma viagem de cruzeiro que tinha iniciado no dia 22 de dezembro. Com ele foi apreendido à quantia de R$ 21.450,00 reais e US$ 2.300,00 dólares.

Outros dois integrantes da facção foram presos na mesma operação, na cidade de Limeira, interior do estado de São Paulo.

Ele era procurado pela Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (DISE), de Limeira, que foi informada pela PF, que o criminoso estaria desembarcando de um navio no Porto de Santos.

Morcegão

O homem detido em Santos é Rogério Faria da Silva, 44 anos, vulgo “Morcegão”. Ele é apontado como um dos cofundadores do PCC na cidade de Limeira, no interior paulista e, segundo a investigação policial, atuava no tráfico de drogas naquela região, onde tinha a função de "torre", uma espécie de gerente local da facção criminosa.

Rogério Faria da Silva - Vulgo Morcegão - Foto: Reprodução

O “torre”, na hierarquia do PCC, é a pessoa que controla as atividades criminosas da facção em uma determinada região.

"O Rogério é uma liderança importante, é cofundador do PCC na nossa região (Limeira). Ele coordenava a chamada 'rota caipira' da droga. A cocaína sai da Bolívia ou do Paraguai, fica escondida no que eles chamam de 'chão' ou 'torre' aqui e, depois de negociada, segue para embarque no Porto de Santos", explicou o delegado da Polícia Civil Leonardo Bürger, titular da DIG e da Dise e responsável pela operação.

"Nós fizemos uma operação em maio deste ano e prendemos 12 integrantes do PCC, inclusive dois líderes locais, o que nos permitiu fechar o cerco na organização que controlava o tráfico em Limeira. Desde então, vínhamos monitorando o líder. Sabíamos que ele estava no cruzeiro de navio com a família e obtivemos o mandado judicial para prendê-lo no desembarque”, informou Bürger.

Ele faz parte do PCC há mais de duas décadas, então ele acabou sendo o cofundador da organização criminosa (Orcrim) em Limeira, acrescentou Bürger.

Operação Narcos

As prisões foram realizadas durante a Operação Narcos por policiais da Divisão de Investigações Gerais (DIG), da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) e do Grupo de Operações Especiais (GOE) de Limeira, com apoio da 5ª Delegacia de Atendimento ao Turista do Porto de Santos.

Ainda no âmbito da operação, os agentes cumpriram dois mandados de prisão temporária e outros 10 mandados de busca e apreensão na cidade.

Foram apreendidos 400 tabletes de cocaína e cerca de 270 mil reais - Foto: Reprodução

Além do mandado de prisão temporária contra Morcegão, também foram detidos outros dois homens, sendo que um deles seria um gerente da distribuição de drogas em Limeira subordinado ao líder do PCC e o outro, um químico suspeito de atuar junto ao tráfico.

Robson da Silva Fragalli - Vulgo Robinho - Foto: Reprodução

Segundo a polícia, o gerente de distribuição de drogas, Robson da Silva Fragalli, 44 anos, vulgo “Robinho” foi encontrado em Limeira em um imóvel, no bairro Residencial Morada das Acácias e, o químico, foi pego no mesmo local colocando a cocaína em uma caminhonete Ford F-250.

Caminhonete Ford F-250 apreendida na operação - Foto: Divulgação SSP

Durante o cumprimento de mandados de busca em diversos endereços ligados aos acusados na cidade de Limeira, os policiais apreenderam mais de 400 tabletes de cocaína no Jardim Aeroporto, aproximadamente R$ 270 mil em espécie. Segundo o delegado Leonardo Bürger, a cocaína estava escondida em fundos falsos de móveis.

Caminhonete Dodge Ram 2500 apreendida na operação - Foto: Divulgação SSP

Na operação também foi apreendida mais uma caminhonete Dodge RAM 2500, um Volkswagen T-Cross, uma máquina de contar dinheiro, celulares e farto material relacionado à contabilidade do tráfico, que irão auxiliar a identificar outros envolvidos.

Volkswagen T-Cross apreendida na operação - Foto: Divulgação SSP

Vida de Luxo

O investigado levava uma vida de luxo, tinha vários automóveis, entre eles a caminhonete onde a droga estava sendo carregada. Para o cruzeiro, ele alugou uma cabine sofisticada e embarcou com dez familiares. "Quando o prendemos, as outras pessoas foram liberadas e alguém alertou o gerente dele em Limeira para sumir com a droga, mas nós já tínhamos nosso pessoal vigiando a casa. Eles foram presos carregando a cocaína na caminhonete. Iam mudar de 'chão', mas não deu tempo", disse Bürger.

Prisão foi negada em agosto

Segundo o site Metrópolis, a Polícia Civil solicitou, em agosto do ano passado, a prisão de “Morcegão”, e de mais 22 suspeitos de compor uma célula criminosa do Primeiro Comando da Capital (PCC). A 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) negou o pedido. A alegação da Justiça foi a de que “a decretação de sua prisão [sic] somente serviria para que fugissem”.

A polícia, no pedido de prisão preventiva (ou seja, por tempo indeterminado) argumentou ter provas de que os suspeitos compunham “importante associação para o tráfico [de drogas]”, acrescentando que, “enquanto soltos” permaneceriam “a cometer delito, causando grande abalo à ordem pública”.

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) acolheu parcialmente o pedido da polícia, denunciando 17 suspeitos. “Morcegão” não fazia parte desse grupo.

Pelo fato de a Promotoria ter pedido o arquivamento dos indiciamentos de seis criminosos, entre eles “Morcegão”, o TJSP optou por não decretar a prisão de nenhum dos membros da quadrilha apontada pela polícia.

A Justiça concedeu, aos 17 denunciados pelo MPSP, o direito de responder ao caso em liberdade, “considerando que o crime de associação para o tráfico de drogas tem pena que, se aplicada, em tese, no mínimo legal, possibilitaria até mesmo a fixação do regime inicial aberto”.

Para isso, os suspeitos teriam que se manter longe um do outro, sem manter nenhum tipo de contato.

A defesa dos acusados não foi localizada. O espaço está aberto para manifestação.


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