Foto: Divulgação SSP-SP |
Policiais civis
da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) prenderam, na quarta-feira (21), no
bairro Parque das Bandeiras, em São Vicente, na Baixada Santista, uma mulher e
três homens responsáveis por manter um “laboratório” clandestino usado no
descarte de óleo retirado de navios atracados no Porto de Santos, litoral de
São Paulo.
Galpão no Parque das Bandeiras, em São Vicente - Foto: Reprodução TV Tribuna |
Durante a
operação, foram apreendidos 14 caminhões com cerca de 400 mil litros de óleo. O
“laboratório” clandestino utilizava canos e mangueiras conectados a partir do
imóvel para despejar o material nas vias públicas, atingindo a galeria de águas
pluviais do rio boturoca.
Foto: Reprodução TV Tribuna |
Ainda segundo a
polícia, os suspeitos utilizavam equipamentos para separar a “água suja” do
óleo dos navios. O bando foi multado em mais de R$ 62 mil. Além disso, a
quadrilha é investigada por furto qualificado e desvio de recursos hídricos.
De acordo com as
informações, uma segunda empresa também é investigada por “contratar” o serviço
dos criminosos para descartar ilegalmente o óleo de navios e reduzir os custos.
Segundo o Delegado
Fabiano Barbeiro, foi identificada uma empresa cadastrada para a retirada de
óleo no Porto de Santos, com o objetivo de levar o óleo retirado de navios para
São Paulo, para que tivesse a destinação correta, mas por economia de custos ou
outras razões a serem apuradas, o óleo foi desviado para esse local de
descarte em Praia Grande, que está em
nome de laranjas e sem os registros ambientais.
Após a
identificação do crime, as equipes policiais cumpriram mandados de busca em
dois endereços ligados aos suspeitos. Nos locais, foram encontrados os quatro
envolvidos, responsáveis pela manutenção do esquema.
Durante a
vistoria, foi identificado um cano no banheiro do galpão, ligado à rede de
esgoto. Nos fundos do imóvel, outros tubos direcionavam o óleo à galeria pluvial,
onde foram encontrados resíduos secos do material. Em outro cômodo, havia
frascos de ensaio com mais vestígios de óleo. Órgãos de regulamentação e a
perícia do Instituto de Criminalística (IC) foram acionados.
Oleo contaminou o meio ambiente - Foto: Divulgação SSP-SP |
As investigações
continuam para identificar outros envolvidos. Os suspeitos foram encaminhados à
delegacia e permaneceram à disposição da Justiça. O caso foi registrado na 1ª
DIG de Santos como poluição, produção de substância tóxica, furto, cumprimento
de mandado de busca e apreensão e associação criminosa.
Caso semelhante
Em abril, uma gerente de logística e um motorista foram presos em flagrante devido ao descarte ilegal do produto em galerias de águas pluviais. Para o descarte do óleo, uma tubulação foi conectada
à rede de águas pluviais., a Polícia Civil localizou em Praia Grande um galpão
da empresa JS Port Service. Naquela ocasião, uma gerente de
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