Marinha e polícias Militar e Rodoviária Federal e Guarda
Portuária fizeram parte da ação que recebeu cerca de 500 varetas do material
Uma tonelada de
urânio desembarcou no Porto do Rio, no último dia 5 de junho, por meio de
"uma operação de guerra" que contou com a participação da Marinha,
Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar. O material, importado pela empresa
estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB), foi encaminhado para a Fábrica de
Combustível Nuclear das Indústrias Nucleares do Brasil (FNC), em Resende, na
Serra da Mantiqueira, para reabastecer o combustível das Usinas de Angra 1 e 2.
O produto é alvo
de grupos terroristas e criminosos para a fabricação de armas nucleares ou
dispositivos radiológicos, além de representar um grave risco ambiental,
podendo causar contaminação do solo e da água, com um processo de
descontaminação das áreas afetadas, sendo complexo, custoso e demorado.
Devido ao risco
associado ao transporte, a Comissão Estadual de Segurança Pública nos Portos,
Terminais e Vias Navegáveis do Rio de Janeiro (CESPORTOS-RJ) determinou um
nível mais elevado de proteção nas instalações da Zona Portuária. O conteúdo
veio da Suécia e da Alemanha em dois contêineres no navio BBC PEARL.
Foi tomada uma
série de medidas de reforço como o monitoramento 24 horas, sete dias por semana
da operação e do perímetro. Houve aumento de vigilantes; foram implementadas
barreiras até o costado; e foi reforçado o controle de acesso ao terminal.
Antes da chegada
da embarcação, barcos da Marinha do Brasil realizaram uma varredura do canal. O
Núcleo Especial de Polícia Marítima da Polícia Federal (NEPOM/PF) realizou a
escolta e segurança aproximada do navio até a chegada a porto. Toda a operação
de descarga foi acompanhada pela Guarda Portuária (GPort).
Já o transporte
da carga foi feito por meio de um comboio de escolta. Foram usados no esquema
de segurança: duas viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF), um carro do
Comando Operacional Tático da Polícia Federal, duas carretas com a carga e um
veículo de apoio.
De acordo o
estatal, o urânio foi distribuído em cerca de 500 varetas. As pastilhas são
empilhadas em varetas de uma conexão resistente, o zircaloy. O conjunto delas é
mantido rigidamente com o uso de grades.
Fonte: O Globo — Rio de Janeiro
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