Foto: SBT News |
A
prisão ocorreu na sua residência, em um condomínio de luxo na cidade de
Camboriú/SC
A Polícia Federal (PF) deflagrou, no dia 26 de
junho, a Operação Toppare, que investiga o crime de lavagem de dinheiro
promovido por um homem, oriundo da Itália, condenado naquele país pelos crimes
de associação criminosa e tráfico transnacional de drogas. A prisão ocorreu na
residência do estrangeiro, em um condomínio de luxo na cidade de Camboriú, no
litoral de Santa Catarina.
As investigações foram iniciadas a partir da
inclusão do cidadão italiano na Difusão Vermelha (Red Notice) da Interpol.
Durante as diligências, a PF o localizou e apurou que atuava na região do
litoral catarinense promovendo a lavagem de dinheiro oriundo do tráfico. Foi
constatado, ainda, que o fugitivo internacional possui expressivo patrimônio
sem origem legal, como imóveis, veículos de luxo e embarcações.
Na ação, a PF cumpriu o mandado de prisão
internacional, ratificado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e dois mandados
de busca e apreensão em imóveis localizados nas cidades catarinenses de Itajaí
e Camboriú.
Foto: Divulgação PF |
A Justiça também decretou a arrecadação e o
sequestro de bens, veículos e imóveis, avaliados em mais de R$ 35 milhões.
Balanço
parcial das apreensões divulgado na Operação Toppare:
- Veículos: Porsche, Audi A4, Volvo Elétrico e uma Moto de Corrida Super Bike;
- Dinheiro em espécie: cerca de R$ 318 mil;
- Uma dezena de relógios, joias, celulares, computadores, além de documentos de viagem;
- Imóveis sequestrados em Santa Catarina, nas cidade de Balneário Camboriú, Itajaí e Camboriú;
- Bloqueio de contas bancárias de seis pessoas, com valores a serem apurados;
- Patrimônio identificado até o momento entre veículos, bens e imóveis: aproximadamente R$ 30 milhões.
Italiano
é acusado de integrar rota do tráfico para a Europa via Marrocos
Segundo o site SBT News, Marco Cadeddu, de 43 anos,
que morava no Brasil, era foragido da Justiça da Itália, por crimes de tráfico
internacional de drogas. Foi preso na Operação Toppare, da PF, suspeito de lavagem
de dinheiro do tráfico.
Foto: SBT News |
A ação foi fruto de cooperação internacional e
contou com a Interpol. Cadeddu é de Cagliari, na Sardenha, ilha italiana no Mar
Mediterrâneo. Foi preso em 2013, com 110 kg de droga. Em 2015 e 2016, ele e seu
grupo foram alvos na Itália de duas operações da polícia local, os carabinieri.
O grupo traficava drogas, em especial haxixe, do Marrocos, na África, para
Espanha e Itália.
Cadeddu vivia em uma mansão em Camboriú (SC), ao
lado da badalada "praia dois famosos", Balneário Camboriú (SC). Houve
buscas da PF nas duas cidades e em Itajaí (SC), onde fica o porto.
Ele tinha vida de luxo, surfava, postava nas redes
sociais. As apurações da PF apontaram que a ostentação do italiano era bancada
com dinheiro do tráfico de drogas para a Europa.
Mais de R$ 35 milhões em bens do acusado foram
alvos de sequestro e buscas e apreensões na Toppare. Na mansão onde morava ao
lado da "praia dos famosos", a PF localizou um fundo falso no chão
onde estavam pacotes de dinheiro vivo.
"Em razão do mercado propício que há na
região, criminosos aproveitam e vêm fazer a lavagem do dinheiro aqui, o
branqueamento dos bens adquiridos com os crimes. No último ano, estamos focando
no combate a essa prática", disse a superintendente da PF em Santa
Catarina, delegada Aletea Vega Marona Kunde.
No Brasil, também deve responder pelos crimes. A
reportagem não localizou a defesa de Marco Cadeddu. O espaço está aberto para
manifestação.
Interpol
O paradeiro dele foi descoberto pelo escritório de inteligência da Interpol em Brasília. Um pedido de prisão cautelar para extradição foi apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) em abril deste ano. Em ofício enviado à Corte, a Interpol fez um alerta sobre a possibilidade de nova fuga de Marco Cadeddu.
“Por sua vez, considerando tratar-se de foragido
internacionalmente buscado, que, em tese, fugiu para o Brasil a fim de
evadir-se da persecução penal em seu país de origem, a praxe tem demonstrado
que pessoas nessas situações empregam modus operandi de não se fixar em
determinada cidade por período prolongado, justamente visando evitar serem
encontrados, presos e extraditados. Levam, em regra, uma vida nômade a fim de
dificultar as diligências, localização e encarceramento, motivo pelo qual a
urgência se faz necessária”, diz o documento.
O preso foi conduzido à Delegacia de Polícia
Federal de Itajaí, onde foram adotadas as providências de polícia judiciária.
Em seguida ele foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá até a
extradição para a Itália.
O pedido de extradição de Marco Cadeddu será
analisado pelo ministro Gilmar Mendes, do STF.
Nome
da Operação
A escolha do nome "Operação Toppare" pode
estar relacionada ao significado da palavra em italiano, que significa
"prender" ou "bloquear" a quem estava foragido, na gíria.
Este nome pode simbolizar a ação decisiva das autoridades em capturar e
interromper as atividades criminosas relacionadas à lavagem de dinheiro,
especialmente no contexto internacional envolvendo o cidadão italiano.
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