Atual gestão da PF definiu regras mais rígidas para ter
dados mais confiáveis. Havia itens com valores errados e erros de digitação
A Polícia Federal (PF) definiu uma série de
mudanças para melhorar o registro de bens, valores e drogas apreendidos em
operações. Isso acontece depois da atual gestão ter se deparado com um cenário
de caos nos dados da instituição, que não estavam sendo calculados de forma
confiável.
Para se ter uma noção, entre os erros identificados
havia o de um único carro popular apreendido em operação pela PF e registrado
com o valor de R$ 5 milhões. Também foram identificados erros de digitação de valores.
Além disso, foram constatados excessos nos números
de operações, em que simples missões policiais eram categorizadas como
“operação”. As unidades da PF são avaliadas por um índice de desempenho,
calculado a partir de valores de apreensões e operações.
Na quarta-feira (19/6) foi publicada uma instrução
normativa interna na PF com uma série de orientações e mudanças na forma de
consolidar esses números de apreensões. O próprio software utilizado para isso
foi alterado.
Padrão
de registros
Entre as medidas adotadas para melhorar a qualidade
dos dados está a de não quantificar apreensão de drogas com o valor em
dinheiro, e sim com o quilograma da substância apreendida.
“Quanto é um quilo de cocaína? Não tem uma
resposta. Na China o valor é um, na Bolívia é outro. Então, agora, usamos
apenas o peso”, explicou ao Metrópoles o diretor de Investigação e Combate ao
Crime Organizado e à Corrupção, Ricardo Saadi.
A instrução normativa publicada nesta semana
definiu o uso do sistema ePol para inserir os dados de apreensão, e não mais o
antigo sistema Palas, que não permitia sequer quantificar de forma automática
os itens apreendidos.
Também ficou definido que cada diretoria da PF terá
um assessor de dados e cada superintendência terá um ponto focal. Esses servidores
serão revisores e fiscalizadores dos dados, que deverão seguir regras de
classificação, unidade de medida e descrição.
Revisão
de números
Segundo Saadi, os dados de 2024 já estão seguindo
essas novas regras e os dados de 2023 e 2022 passaram por uma rígida revisão.
Agora, a equipe estuda a maneira de transpor os dados de apreensão de anos anteriores
para o novo sistema.
Reportagem do Metrópoles publicada nesta semana
mostrou que a PF negou o acesso a dados com a descrição dos bens e valores
apreendidos em operações desde 2013 porque não seria possível quantificar esses
itens devido a limitação do antigo sistema Palas.
Fonte: Site Metrópolis
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