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segunda-feira, 22 de julho de 2024

PF DEFLAGRA SEGUNDA FASE DA OPERAÇÃO HINTERLAND DE COMBATE AO TRÁFICO INTERNACIONAL DE DROGAS


A investigação contou com o apoio da Receita Federal e da Marinha do Brasil

A Polícia Federal (PF) deflagrou, no dia 2 de julho a Operação Narcopesca, que consistiu na segunda fase da Operação Hinterland. A investigação contou com o apoio da Receita Federal e da Marinha do Brasil.

A operação teve o objetivo de desarticular organização criminosa sediada em Itajaí, no litoral de Santa Catarina, que atua na logística de transporte de grandes carregamentos de drogas em embarcações pesqueiras, de apoio marítimo e veleiros, com destino à Europa e África.

Nesta segunda fase, participaram da operação 40 Policiais Federais, um Auditor-Fiscal e um Analista Tributário da RFB. As ordens judiciais foram expedidas pelo juízo da 22ª Vara Federal de Porto Alegre e foram cumpridas em Rio Grande/RS, Itajaí/SC e Rio de Janeiro/RJ.

Foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão, além do sequestro de 13 imóveis, 11 veículos, nove embarcações e bloqueios de contas bancárias de 12 pessoas físicas e 7 pessoas jurídicas.

As apreensões e bloqueios realizados foram estimados em cerca de R$ 30 milhões, valor que evidencia a escala e a complexidade da operação.

Um homem foi capturado pela Polícia Militar Ambiental Marítima, com a colaboração da subagência Federal de Ubatuba.

Os policiais receberam informações de que o suspeito estaria em deslocamento de Angra dos Reis, RJ, para Ubatuba, SP, e iniciaram um patrulhamento intenso nas vias de acesso da região. Após buscas detalhadas, localizaram o veículo mencionado no bairro Itaguá, onde o indivíduo foi abordado e preso. Após confirmação de sua identidade, foi dado voz de prisão e ele foi conduzido à Delegacia Sede de Ubatuba.

O suspeito, de 50 anos, é considerado de alta periculosidade e possui residências tanto em Angra dos Reis (RJ) quanto em Ubatuba (SP). Ele já havia sido preso anteriormente em 2018 por posse de artefatos explosivos ou incendiários.

Durante a investigação, ficou comprovado o envolvimento dessa organização criminosa no transporte de, aproximadamente, 4,6 toneladas de cocaína, que iriam para Europa, e 3 toneladas de haxixe que viriam para o Brasil.

A Polícia Federal também conseguiu relacionar alguns dos investigados no flagrante, ocorrido em 29 de fevereiro deste ano, que tentou inserir 21 kg de cocaína no casco de um navio que partiria do Porto de Rio Grande com destino a Portugal.

As investigações da Operação Narcopesca tiveram início em decorrência de informações recebidas após a deflagração da Operação Hinterland, ocorrida em 31/03/2023, voltada à repressão tráfico transnacional de drogas, por meio marítimo, da América do Sul para a Europa.

Na ocasião, 200 policiais federais e 12 servidores da Receita Federal do Brasil cumpriram 534 ordens judiciais, incluindo 17 mandados de prisão preventiva, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Amazonas e Rondônia, bem como na cidade de Assunção, no Paraguai.

Durante o período investigativo, foram comprovadas atividades da organização relacionadas à “lavagem” dos recursos provenientes do tráfico de drogas, em especial, por meio da utilização de contas bancárias que ocultaram/dissimularam a origem e natureza dos valores.

A movimentação financeira nas contas bancárias analisadas atingiu um montante de R$ 273 milhões, no período de 14/07/2018 a 27/09/2023.

Apurou-se, ainda, que diversos imóveis, veículos e embarcações foram adquiridos pelo investigado em nome de interpostas pessoas (“laranjas”), ou permaneceram no nome de antigos proprietários com o fim de ocultá-los, tendo em vista que foram pagos com valores provenientes do tráfico internacional de drogas.

Os investigados poderão responder pelos crimes tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Se condenados, estarão sujeitos a uma pena de até 33 anos de reclusão.


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