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segunda-feira, 10 de junho de 2024

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GOVERNO ENCERRA OPERAÇÃO GLO NOS PORTOS DE SANTOS, RIO DE JANEIRO E ITAGUAÍ

Foto: Tomaz Silva - Agência Brasil

A atuação das Forças Armadas nos portos de Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Itaguaí (RJ) teve início em novembro de 2023

Após sete meses de atuação chegou ao fim na última terça-feira (4), a operação GLO (Garantia da Lei e da Ordem), nos portos de Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Itaguaí (RJ). A atuação das Forças Armadas teve início em novembro de 2023, e além desses portos também abrangeu os aeroportos de Guarulhos (SP) e Galeão (RJ), tendo a Marinha do Brasil (MB) como responsável nos portos e a Aeronáutica nos aeroportos.

Segundo o governo, o objetivo era reforçar a segurança nessas regiões para combater o tráfico de armas e drogas e demais ações da criminalidade.

Segundo o Ministério da Justiça, durante este período de atuação, foram apreendidas cerca de 279,8 toneladas de drogas, 317 armas e 11.800 munições. Também foram presas 3.826 pessoas, mais de 11,9 mil embarcações e 505,7 mil veículos revistados.

Operação GLO havia sido prorrogada

Inicialmente, o plano era que a operação de GLO durasse até o início de maio. No entanto, o Governo decidiu prorrogá-la por mais um mês, alegando a necessidade de realizar uma transição e concluir um plano de segurança para portos e aeroportos.

Apesar dos dados serem comemorados pelo Governo, várias áreas da gestão foram contrárias à prorrogação. Oficiais-generais da Aeronáutica e da Marinha argumentaram, sob condição de anonimato, a Folha de S.Paulo, que o decreto que estabelece as regras para o funcionamento de uma operação GLO prevê que a atuação dos militares deve ser episódica, em uma área previamente definida e pelo menor tempo possível.

Além da Marinha, atuaram em conjunto nos portos a Receita Federal do Brasil (RFB), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), Guarda Portuária (Gport), da Autoridade Portuária de Santos (APS).

Embora a decretação da GLO seja vista como uma vitória para os militares há uma avaliação de que não cabe às Forças Armadas atuar na segurança pública.

Outra questão em disputa era a atribuição dos resultados das operações. As apreensões de droga nos portos ocorreram no trabalho rotineiro da Receita Federal, Polícia Federal e até mesmo pela Guarda Portuária, mas o mérito foi atribuído à operação militar.

De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Governo Federal seguirá apoiando a atuação integrada das forças de segurança do Brasil nos estados em ações contra o crime organizado. Na avaliação da pasta, o conhecimento gerado e as ações de inteligência desenvolvidas e aprimoradas representam um legado à gestão da segurança pública no país e, em especial, aos cidadãos brasileiros.


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