Além da
droga, as polícias apreenderam seis fuzis, uma espingarda, seis granadas,
diversas munições e uma lancha blindada com quatro motores
A Polícia Federal (PF), em conjunto com a Companhia
de Operações Especiais da Polícia Militar do Estado do Amazonas (COE) e a
Polícia Civil do Estado do Amazonas (DRCO e CORE), realizou a apreensão, no
domingo, 5 de maio, de duas toneladas de
cocaína no Rio Solimões, próximo do município de Codajás, distante 240
quilômetros (em linha reta) da capital, Manaus.
Agente da DRE-PF |
A PF informou ainda que o transporte do
entorpecente era feito por um grupo de traficantes fortemente armados em lancha
blindada, mas que os suspeitos conseguiram empreender fuga.
“Nós conseguimos monitorar um grande carregamento de drogas que teria entrado no Amazonas e lançamos algumas equipes para buscar essa intervenção. Lógico que pelo grande território amazônico, fica muito difícil esse tipo de intervenção. Foram semanas de operação”, explicou o Delegado da PF, Leonardo Schimdt.
A droga e o material apreendido estava em local de difícil acesso |
Segundo o delegado, o resultado da operação foi expressivo no combate ao narcotráfico. “Mais de duas toneladas de drogas foram tiradas de circulação. Além de seis fuzis calibres 7.62 e 5.56, uma espingarda calibre 12, seis granadas, diversas munições, inclusive de calibre .50 e uma lancha blindada com quatro motores”, detalhou Leonardo Schimdt.
A lancha apreendida tinha 4 motores |
Nenhum dos criminosos foi preso por conta da dificuldade
de acesso à região onde eles estavam escondidos. As investigações seguem em
andamento para a identificação dos envolvidos na prática criminosa.
Para chegar ao bando os agentes das forças de
segurança do estado contaram com apoio da DIRANDRO, a Direção Antidrogas no
Peru. O país compõe a tríplice fronteira (Brasil/Peru/Colombia) e produz grande
parte da cocaína que entra no Brasil pelo estado do Amazonas. A operação também
teve apoio do DEA (Drug Enforcement Administration), que é a agência antidrogas
dos Estados Unidos.
“As investigações apontaram, que um grupo iria
trazer um grande carregamento para Manaus e com poder bélico desproporcional.
Em razão disso, houve o compartilhamento dessas informações com a PF, que
também já tinha uma investigação nesse sentido”, disse o delegado geral Bruno
Fraga.
A ação resultou em uma das maiores apreensões de
drogas realizadas no estado do Amazonas. As investigações seguem em andamento
para a identificação dos envolvidos na prática criminosa.
Essa foi a maior apreensão da história do Amazonas |
Rotas
alternativas na Amazônia
A PF também informou que traficantes estão buscando
outras soluções para trazer os entorpecentes pelo rio que não passe por bases
onde há fiscalizações.
"Esse é um novo perfil de tráfico com lanchas
rápidas e proteção balística artesanal para poder confrontar a polícia ou
outros piratas de rio, é notório que traficantes estão cada vez mais armados e
com carregamentos maiores e buscam se esconder em trechos do rio”, informou o
delegado da PF, Leonardo Schmidt.
Segundo a polícia, além do armamento, os
traficantes contam com informantes que costumam avisar sobre a movimentação dos
agentes na região.
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