Segundo as
investigações do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), a droga
sairia do Porto de Santos com a Europa ou ainda a Ásia
A Polícia Civil de São Paulo (PCESP) apreendeu na
quarta-feira (27/03), em uma casa do Jardim Progresso, no Guarujá, litoral de
São Paulo, mais de 1,2 tonelada de cocaína. O entorpecente estava embalado e
separado em 1.254 tabletes.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública
(SSP), a residência se encontrava em uma região estratégica para viabilizar o
transporte do entorpecente, por meio de canais, até o Porto de Santos. Além de
drogas, a ‘casa bomba’ servia como depósito de armas de fogo, que seriam
distribuídas ao crime organizado na região.
Segundo as investigações do Departamento Estadual
de Investigações Criminais (Deic), a droga teria como destino a Europa ou ainda
a Ásia. Nestes continentes, cada quilo da droga pode custar de US$ 80 a US$ 90
mil.
Está foi uma das maiores apreensões de cocaína dos
últimos anos no litoral de São Paulo. De acordo com os investigadores, o crime
organizado sofreu um prejuízo de mais de meio bilhão de reais.
- Trata-se do maior prejuízo ao crime organizado em
anos. Essa é a prova do que estamos enfrentando no litoral de São Paulo:
criminosos que, ao longo de décadas, estruturaram uma cadeia ilícita por meio
do tráfico internacional de drogas e que, desta vez, estão sendo desarticulados
por uma brilhante operação de inteligência policial - afirmou o secretário da
Segurança Pública, Guilherme Derrite.
'Braço'
do crime
Os policiais da 1ª Delegacia de Polícia de
Investigações sobre Roubos e Latrocínios apuravam há mais de um mês o
envolvimento de um "braço" do crime organizado que estaria atuando no
controle do tráfico de drogas da Baixada Santista, a partir da cidade do Guarujá.
O bando, de acordo com as investigações, é responsável por confrontos na região
de forma a “inibir a ação das forças policiais” na região, aponta o Deic.
A partir das informações do setor de inteligência
da Polícia Civil, os investigadores foram informados sobre um imóvel no
distrito Vicente de Carvalho, em Guarujá, que estava sendo utilizado para
guardar armas de fogo, que seriam distribuídas a diversas células do crime
organizado na região, além de drogas.
No endereço, os investigadores foram recebidos pela
moradora, de 25 anos, que forneceu
respostas evasivas. Diante das suspeitas, ela informou que homens desconhecidos
haviam guardado diversos sacos na parte inferior da casa em um dos cômodos, que
era cercado por tapumes. Nas buscas, os policiais encontraram os tabletes de
cocaína embalados e separados em sacos de ráfia.
A mulher disse aos policiais que o material seria do companheiro, de 31 anos. Na casa, ainda foram encontrados dois simulacros de arma de fogo, um celular e a certidão de um homem que mora no local, mas que não estava no momento do flagrante.
A suspeita foi encaminhada para a delegacia, onde
foi autuada por tráfico de drogas e associação ao tráfico. A polícia ainda
segue nas investigações para localizar o companheiro dela e apurar outros
envolvidos na organização criminosa.
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