A operação apura denúncias sobre a ocorrência de
ilegalidades trabalhistas, que põem em risco a integridade física dos
trabalhadores
Na última terça-feira
(16), auditores do Ministério do Trabalho realizaram uma nova etapa da “Operação
Porto Seguro”, que verifica irregularidades trabalhistas de empresas que atuam
no segmento portuário, no Porto do Rio de janeiro.
Objetivo
De acordo com a
coordenadora da operação, Barbara Rigo, o objetivo da operação é verificar não
só os itens de segurança e saúde do trabalho, mas também a forma de contratação
dos trabalhadores, possíveis problemas de fraude nas relações de emprego,
jornada, entre outras.
Barbara Rigo - Coordenadora da Operação |
Denúncia de Irregularidades Trabalhistas
A operação Porto
Seguro apura denúncias sobre a ocorrência de ilegalidades trabalhistas, que
põem em risco a integridade física dos trabalhadores.
“Nós obtivemos
algumas denúncias, tanto dentro das instalações portuárias, quanto em relação
ao transporte de carga e descarga do porto, como jornadas excessivas e alguns
itens de segurança e saúde do trabalho", falou Bárbara Rigo.
“Entendemos que
precisávamos alcançar mais trabalhadores em razão das irregularidades que
verificamos em relação ao cumprimento de jornada e formas de contratação na primeira
fase da operação, realizada em março. E também tivemos alguns problemas com
transportadoras que não atenderam nossa notificação. Então, resolvemos realizar
uma operação mais robusta, com mais dias de ação e uma notificação presencial
ou através de seu representante legal”, disse Bárbara Rigo.
Abordagem e irregularidades
Várias carretas
foram impedidas de entrar no porto por não estarem de acordo com a legislação
de segurança do trabalho.
A operação
contou com a participação de cerca de 88 auditores fiscais, que abordaram um
total de 83 carretas, sendo que 45 delas apresentaram algum tipo de
irregularidade e tiveram que retornar ao pátio de suas empresas.
De acordo com a
coordenadora da operação, Barbara Rigo, as principais não conformidades estavam
relacionadas a avisos e itens de segurança dos caminhões, como luz de ré, de
freio, equipamentos para fixar os contêineres, entre outros. Isso coloca em
risco os caminhoneiros e os outros veículos que trafegam nas vias.
1ª Fase da Operação
Essa foi a
segunda fase da operação, que começou em 13 de março, onde cerca de 50 agentes
inspecionaram instalações no Porto do Rio, com objetivo de verificar as
condições de trabalho no local. Na ocasião, cerca de 20 caminhões foram
abordados sem itens básicos de segurança.
Conforme
Barbara, o Ministério Público pretende realizar outra ação, ainda sem data
definida, para fiscalizar possíveis fraudes nos contratos das empresas e
verificar o cumprimento da jornada de trabalho, principal reclamação entre os
trabalhadores.
O Porto de
Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio, também está no radar da Operação Porto
Seguro. Segundo a coordenadora da ação, o planejamento prevê fiscalizações no
local.
Nota da PortosRio
Por meio de
nota, a empresa PortosRio, empresa pública responsável pela administração do
porto, afirmou que apoia a iniciativa do Ministério do Trabalho, visando a
segurança dos caminhoneiros e, por consequência, de todos os trabalhadores
portuários.
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