A
operação apresentava uma série de irregularidades que poderiam causar acidentes
graves por queda
De acordo com o Sindicato Nacional dos
Auditores-Fiscais do Trabalho – SINAIT, na última quarta-feira, 24 de abril, auditores-fiscais
do Trabalho interditaram as atividades de carregamento de celulose em navio
atracado no Porto de Santos. A operação apresentava uma série de
irregularidades que poderiam causar acidentes graves por queda.
A atividade interditada envolve prender fardos de
celulose do caminhão no guindaste, de modo a içar a mercadoria até o porão do
navio. Para realizá-la, os trabalhadores saltam de uma plataforma de 3 metros
de altura até o topo da pilha de celulose sobre o caminhão, e ali prendem
várias correntes do guincho nos fardos.
Na execução dessas tarefas, os trabalhadores estão
sujeitos ao risco de acidente grave por queda. Além disso, as correntes do
guindaste e as fitas que prendem os fardos são obstáculos que podem fazer os
trabalhadores se desequilibrarem durante a atividade.
Para retomar as operações, o operador portuário
deve adotar medidas para regularizar as condições verificadas, visando garantir
a integridade física dos trabalhadores e a segurança das operações portuárias.
Auditores-Fiscais
do Trabalho interditaram silos de concreto
Segundo o SINAIT, no dia 05 de abril os Auditores-Fiscais
do Trabalho de Santos também interditaram silos de concreto da margem direita do
Porto de Santos.
Os silos, utilizados para armazenar grãos,
apresentavam uma série de irregularidades graves que poderiam causar incêndio
ou explosão em seu interior.
No interior dos silos de concreto, a movimentação
dos grãos forma uma nuvem de poeira combustível, gerando uma atmosfera
potencialmente explosiva. Contudo, os equipamentos e instalações elétricas não
atendiam os requisitos de segurança para utilização nessas áreas. Além disso,
havia muita poeira sobre as superfícies desses equipamentos e sobre o chão,
agravando o risco de acidente. Além disso, o local não possuía sinalização.
Na entrevista aos empregados que operavam no local,
foi constatado que eles desconheciam os perigos de incêndio/explosão. Inclusive
portavam rádios que não eram adequados para ambientes com atmosferas
explosivas.
Diante desses graves problemas de segurança, foram
paralisadas as atividades nos silos de concreto e o terminal portuário
responsável foi instado a adotar medidas urgentes para regularizar as condições
verificadas, visando garantir a integridade física dos trabalhadores e a
segurança das operações portuárias.
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