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sábado, 24 de fevereiro de 2024

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TRIPULANTE FILIPINO É CONDENADO POR TRÁFICO DE DROGAS NO PORTO DE SANTOS

 

Na sentença, o magistrado afirmou que ele coordenava integralmente a logística para o embarque da cocaína

Nesta semana a Justiça Federal condenou um tripulante filipino a oito anos, um mês e seis dias de prisão em regime fechado por ter participado do tráfico internacional de 405 kg de cocaína, aprendidos no dia 10 de novembro de 2023, em operação conjunta da Polícia Federal (PF) e Receita Federal do Brasil (RFB), em um navio no Porto de Santos, no litoral de São Paulo.

O navio seguiria pela rota Sul (sentido América do Sul), com destino à Argentina, para então retornar pela rota Norte (sentido Europa).

Prisão

A PF foi acionada após a identificação de movimentação de objeto sendo içado ao navio, registrado por imagens das câmeras de segurança do Centro de Controle de Operações e Segurança (CCOS), da Guarda Portuária (GPort), da Autoridade Portuária do Porto de Santos.

Após averiguação das imagens, foi identificado o tripulante a bordo do navio na região próxima ao içamento. Durante a abordagem e entrevista, foi apurado que o objeto içado se tratava de bolsa contendo garrafas de whisky.

Bolsa com garrafas de whisk apreendida com o tripulante - Foto; Divulgação PF

Ainda durante a averiguação e inspeção no navio, após atitudes suspeitas, o tripulante relatou participar de esquema de envio de drogas e indicou diversos caminhões no interior do navio sendo exportados e que escondiam tabletes de cocaína.

Após a inspeção dos caminhões, foram localizados em dois deles diversos tabletes de cocaína, totalizando cerca de 405 kg da substância. Além da identificação da droga, foi localizada grande quantidade de dólares junto ao tripulante, recebendo então a voz de prisão.

Dólares apreendidos com o tripulante - Foto: Divulgação PF

Alegação da defesa

A defesa do tripulante alegou que ele teria se envolvido com o tráfico para custear o tratamento do filho, de 5 anos, supostamente com uma doença renal. No entanto, o juiz Roberto Lemos dos Santos Filho, da 5ª Vara Federal de Santos, consideraou como uma tentativa dele de se esquivar da pena.

O juiz destacou que o tripulante tinha alternativas legais para ajudar a criança, e não comprovou que os U$ 26 mil obtidos de forma ilícita seriam usados para tratar o filho.

No seu depoimento o filipino disse que tinha como função vigiar as drogas, mas o juiz apontou, ao tomar a decisão, que as provas coletadas no celular do acusado e nas imagens de câmeras de monitoramento comprovaram o contrário.

Sentença

Na sentença, o magistrado afirmou que ele coordenava integralmente a logística para o embarque da cocaína. "Existem fortes indícios da participação do acusado em outras operações relacionadas ao tráfico internacional de substâncias entorpecentes, tudo sinalizando que não foi a primeira vez que se dedicou a atividades criminosas", apontou o juiz Roberto Lemos dos Santos.


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