A Polícia Federal instaurou
inquérito. A perícia irá
determinar a origem da embarcação
Na última
quarta-feira (21), pescadores encontraram em uma praia de São Caetano de
Odivelas, no nordeste do Pará, encontraram um narcossubmarino. Os pescadores
tentaram fazer o reboque para a parte continental, mas não obtiveram êxito, então
procuraram a delegacia local para informar que, enquanto estavam em atividade
de pescaria, encontraram uma embarcação, disse Luciano de Oliveira, secretário
de Gestão Operacional da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social
(Segup).
A embarcação estava encostada em árvores e foi apreendida pelo Grupamento Fluvial de Segurança (Gflu), composto por Polícia Civil e Militar e Corpo de Bombeiros Militar, que fez uma análise inicial do submarino. Nenhum entorpecente foi encontrado.
Segundo a Secretaria
de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), a embarcação será periciada em
Belém, além de ser foco de apuração em inquérito instaurado pela Polícia Federal.
A Polícia Federal
(PF) instaurou inquérito.
A perícia irá determinar a origem da embarcação, se foi fabricada localmente no
Pará ou se foi transportada de outra região. Além disso, serão analisados
possíveis resquícios de drogas e a finalidade para a qual o submarino estava
sendo usado. Questões como peso, tamanho e capacidade também serão investigadas
durante a perícia. O peso, tamanho e capacidade também
serão analisados.
A Marinha também
esteve na área onde o submarino foi encontrado.
2º caso
Ainda não há indícios
que apontem para uma relação entre o submarino e o tráfico de drogas. No
entanto, a ligação entre o uso desse tipo de embarcação na rota das quadrilhas
especializadas no tráfico submerso e o Brasil não é novidade.
Desde 2010, foram
descobertos cinco planos para o envio de cocaína em submersíveis por
organizações criminosas que atuam no país.
Essa embarcação foi
achada em uma cidade vizinha ao município de Vigia, onde foi encontrado, em
2015, o primeiro narcossubmarino do Brasil.
Na época, a
investigação da polícia apontou que era usado para venda internacional de entorpecentes.
Outros casos suspeitos
Além disso,
vestígios brasileiros também foram identificados em embarcações recentemente
apreendidas na Espanha.
Em março de 2023, um
desses submarinos, encontrado semissubmerso em Arousa, na Espanha, foi
identificado como tendo partido do Brasil, carregado com drogas e tripulado por
três pessoas. Autoridades espanholas encontraram vestígios de itens
brasileiros, como cobertores, roupas e alimentos, a bordo da embarcação.
Em 2019, outro
narcossubmarino de origem brasileira, o “Che”, foi encontrado no mar da
Galícia. Na ocasião, um piloto e dois tripulantes foram presos, e três
toneladas de cocaína — avaliadas em R$ 700 milhões — foram apreendidas. Uma
sacola da loja Paradão das Confecções, de Macapá, encontrada no interior da embarcação,
revelou sua origem.
As polícias
espanhola e americana falam sobre narcossubmarinos desde 1993. Desde então,
mais de 300 embarcações desse tipo foram apreendidas em ambos os lados do
Oceano Atlântico, segundo as forças de segurança. Só no período entre 2017 e
2021, a polícia colombiana apreendeu 152 semissubmersíveis.
Poucos indícios de
sua origem são latas de atum originárias do Brasil encontradas em seu interior
pelos investigadores espanhóis. São elementos que o aproximam de outro
semisubmersível de caracterítiscas semelhantes, encontrado na mesma região da
Galícia em 2019.
O “Che” era feito do
mesmo material que o Poseidon, fibra de vidro. O design de ambos também
guardava semelhanças, apesar de diferenças já terem sido identificadas pelas
autoridades espanholas. Enquanto o “Che” era movido a um motor de diesel de 240
cavalos de potência, o Poseidon conta apenas com uma hélice movida a um motor
de barco de pesca, segundo o jornal La Voz da Galícia. A capacidade para
transportar cocaína também é diferente: estima-se que o novo narcossubmarino levava
consigo cinco mil quilos. No anterior, de 2019, foram encontrados três mil.
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