Quincy Promes em atuação pelo Spartak Moscou — Foto: Mikolaj Barbanell/Getty Image
A droga estava em um carregamento de sal marinho enviado
do Brasil a Antuérpia, na Bélgica, em dois contêineres com lotes de 650 e 713
kg
O jogador Quincy
Promes, de 32 anos, que já jogou pela seleção da Holanda marcando sete gols em
50 jogos, disputou a Eurocopa em 2021, mas desde então, não foi mais convocado,
e que atualmente joga no Spartak Moscou, da Rússia, foi condenado a seis anos
de prisão pelo tráfico de 1,3 tonelada de cocaína. A Rússia não tem um tratado
de extradição com a Holanda.
Segundo o jornal
britânico Daily Mail, a droga estava escondida em um carregamento de sal
marinho enviado do Brasil a Antuérpia, na Bélgica, em dois contêineres com
lotes de 650 e 713 kg. A interceptação da carga aconteceu em 2020, mas o
jogador só foi denunciado em maio do ano passado.
Além de Promes,
um cúmplice de 32 anos do atleta também foi considerado culpado no processo. A
participação do jogador no esquema foi descoberto pelas autoridades por meio de
grampos telefônicos. De acordo com o jornal holandês De Telegraaf, o Ministério
Público do país pediu nove anos de prisão ao atacante. Ele, que mora na Rússia,
não estava presente no julgamento e vai recorrer da decisão emitida na
terça-feira (13) pelo Tribunal de Amsterdã.
Ainda de acordo
com o MP da Holanda, Promes teve papel direto na coordenação e no financiamento
da operação. As investigações indicaram que o atacante investiu cerca de 75 mil
euros para o transporte da droga. O jogador não colaborou com a Justiça e não
foi interrogado sobre o caso, sendo condenado à revelia com base nos indícios
de participação no crime.
Já havia sido condenado a 18 meses de prisão
Promes já havia
sido condenado a 18 meses de prisão, em junho do ano passado, por esfaquear o
primo no joelho em uma festa de família, em uma cidade perto de Amsterdã, em
2020.
A polícia soube
do incidente porque estava grampeando o telefone do jogador como parte da
investigação sobre tráfico de drogas. À época da condenação, ele também não
esteve presente no tribunal.
A sentença para
este tipo de crime normalmente seria de um ano, mas os juízes optaram por uma
punição mais longa porque o atacante, por ser um jogador de futebol, é uma
"celebridade" e, assim, "dá o exemplo aos outros".
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