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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

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JOGADOR HOLANDÊS É CONDENADO POR TRÁFICO DE 1.363 KG DE COCAÍNA SAINDO DO BRASIL

                 Quincy Promes em atuação pelo Spartak Moscou — Foto: Mikolaj Barbanell/Getty Image

A droga estava em um carregamento de sal marinho enviado do Brasil a Antuérpia, na Bélgica, em dois contêineres com lotes de 650 e 713 kg

O jogador Quincy Promes, de 32 anos, que já jogou pela seleção da Holanda marcando sete gols em 50 jogos, disputou a Eurocopa em 2021, mas desde então, não foi mais convocado, e que atualmente joga no Spartak Moscou, da Rússia, foi condenado a seis anos de prisão pelo tráfico de 1,3 tonelada de cocaína. A Rússia não tem um tratado de extradição com a Holanda.

Segundo o jornal britânico Daily Mail, a droga estava escondida em um carregamento de sal marinho enviado do Brasil a Antuérpia, na Bélgica, em dois contêineres com lotes de 650 e 713 kg. A interceptação da carga aconteceu em 2020, mas o jogador só foi denunciado em maio do ano passado.

Além de Promes, um cúmplice de 32 anos do atleta também foi considerado culpado no processo. A participação do jogador no esquema foi descoberto pelas autoridades por meio de grampos telefônicos. De acordo com o jornal holandês De Telegraaf, o Ministério Público do país pediu nove anos de prisão ao atacante. Ele, que mora na Rússia, não estava presente no julgamento e vai recorrer da decisão emitida na terça-feira (13) pelo Tribunal de Amsterdã.

Ainda de acordo com o MP da Holanda, Promes teve papel direto na coordenação e no financiamento da operação. As investigações indicaram que o atacante investiu cerca de 75 mil euros para o transporte da droga. O jogador não colaborou com a Justiça e não foi interrogado sobre o caso, sendo condenado à revelia com base nos indícios de participação no crime.

Já havia sido condenado a 18 meses de prisão

Promes já havia sido condenado a 18 meses de prisão, em junho do ano passado, por esfaquear o primo no joelho em uma festa de família, em uma cidade perto de Amsterdã, em 2020.

A polícia soube do incidente porque estava grampeando o telefone do jogador como parte da investigação sobre tráfico de drogas. À época da condenação, ele também não esteve presente no tribunal.

A sentença para este tipo de crime normalmente seria de um ano, mas os juízes optaram por uma punição mais longa porque o atacante, por ser um jogador de futebol, é uma "celebridade" e, assim, "dá o exemplo aos outros".


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