Almeida
é condenado em Portugal a 7 anos e 10 meses de prisão por narcotráfico
Um
apartamento na rua Botocudos, na Vila Tupi, em Praia Grande, Baixada Santista,
era o endereço e esconderijo do português Luís Miguel Gomes de Almeida, 60,
preso no dia 26/12 por policiais federais sob a acusação de tráfico
internacional de drogas.
O
nome de Almeida estava incluído desde 3 de maio de 2023 na difusão vermelha da
Interpol, a polícia internacional. Contra ele havia um mandado de prisão
preventiva para extradição expedido pelo Juízo Central Criminal de Lisboa.
Agentes
portugueses afirmaram à reportagem, na condição de anonimato, que o preso tinha
ligações com o bando comandado pelo ex-major da Polícia Militar de Mato Grosso
do Sul, Sérgio Roberto de Carvalho, o "Escobar brasileiro", preso na
Bélgica e responsável pelo envio de toneladas de cocaína para a Europa.
Segundo
as autoridades lusitanas, entre o período de novembro de 2010 e julho de 2011,
Almeida comandou um esquema de envio de cocaína do Brasil para Portugal
utilizando "mulas", como são chamadas as pessoas contratadas para
transportar drogas.
Almeida
é condenado em Portugal a 7 anos e 10 meses de prisão por narcotráfico. Ele
deve ser extraditado ao país de origem para cumprir a pena. O mandado de prisão
no Brasil foi assinado pelo ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF
(Supremo Tribunal Federal).
A
reportagem não conseguiu contato com o advogado de Luís Miguel Gomes de
Almeida, mas o espaço continua aberto para manifestação.
Investigações
da Interpol e da Polícia Federal apuraram que o português estava residindo na
Praia Grande. Agentes federais fizeram diligências na região e avistaram
Almeida em frente ao prédio onde morava.
O
narcotraficante não ofereceu resistência ao ser detido. Ele foi levado para uma
Delegacia da PF na Baixada Santista. Almeida exerceu o direito de fazer uma
ligação telefônica e, imediatamente, entrou em contato com a namorada para
comunicar que havia sido preso.
O
português passou por audiência de custódia na manhã seguinte em uma Vara
Criminal Federal da Baixada Santista. Ele seria removido para o prédio da
Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, na Lapa, zona oeste
paulistana.
O
criminoso ficará à disposição das autoridades federais do Brasil, aguardando o
processo de extradição para Portugal. Segundo a PF, Almeida é solteiro e não
tem filhos em território brasileiro.
Quadrilha do "Escobar
brasileiro"
As
informações são de que Almeida é ligado à quadrilha do português Ruben
Oliveira, 39, conhecido como Xuxas, considerado o maior traficante de drogas da
história de Portugal. Ele foi preso em fevereiro deste ano pela Polícia
Judiciária de Portugal.
SAIBA MAIS: MP PORTUGUÊS DENUNCIA 18 ALIADOS DE 'ESCOBAR BRASILEIRO' POR NARCOTRÁFICO
As
autoridades portuguesas afirmam que Xuxas era o braço direito do Major
Carvalho, chamado na Europa de "Escobar brasileiro" em alusão ao
narcotraficante colombiano Pablo Escobar.
Major
Carvalho foi preso em um hotel de luxo em Budapeste, na Hungria, em junho de
2022, e deportado para um presídio em Bruxelas, na Bélgica, em 15 de junho
deste ano. Ele foi acusado de exportar 50 toneladas de cocaína para a Europa,
via portos brasileiros, avaliadas em R$ 2,25 bilhões.
Fonte:
Uol – Por Josmar Jozino - Colunista
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