Investigados tentaram enviar mais de meia tonelada de
drogas entre o Porto de Santos e o Porto de Antuérpia, na Bélgica
A Polícia
Federal deflagrou na última quinta-feira (18) a Operação TK, com a finalidade
de combater o tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico. Os
policiais cumpriram quatro mandados de busca e apreensão e quatro de prisão
preventiva em São Paulo/SP.
Prisão
De acordo com a
PF, foi preso em uma casa em São Paulo, um cidadão turco suspeito de participar
de uma organização criminosa (ORCRIM) de tráfico de internacional de drogas entre
o Porto de Santos e a Europa.
Outros dois turcos,
investigados por participarem da mesma quadrilha, fugiram do Brasil e
tornaram-se procurados pela Organização Internacional de Polícia Criminal
(Interpol). Um quarto integrante ainda permanece no país e é procurado pela PF.
"Os
investigados se encontram na Europa. Eles saíram do Brasil antes mesmo da
apreensão da droga. Então, eles não tiveram nenhum problema. Foram de voo
comercial, sem nenhum impedimento", afirmou o delegado da Polícia Federal,
Caio Martins de Lima.
Apreensão
De acordo com o
PF, foram apreendidos documentos, celulares, computadores e 20 mil dólares.
Antes disso,
durante as investigações, foram apreendidos R$ 91 mil, pagos por uma empresa de
fachada dos traficantes à fornecedora de papel. O valor foi dado como entrada
para a compra de um novo lote de bobinas, que seria usado para mais uma remessa
de droga.
Esquema do Tráfico
A investigação,
iniciada em junho de 2023, revelou um esquema de tráfico operado por um grupo
de cidadãos turcos para a exportação de cocaína para Europa. A apreensão no dia 23 de junho de 561 kg de cocaína escondidos em bobinas de papel destinadas ao
Porto de Antuérpia, na Bélgica, foi o ponto de partida das investigações. Estas
bobinas eram preparadas em um galpão na Grande São Paulo, onde funcionava a
empresa de fachada criada pelos criminosos.
O método
utilizado pelos traficantes envolvia a manipulação das bobinas de papel, que
eram desenroladas e cortadas para a inserção da droga, dando aparência de
licitude às operações de exportação.
Nome da Operação
O nome é uma
referência direta ao nome fantasia na empresa de fachada utilizada pela
organização criminosa.
A escolha desse
nome para a operação destaca o comprometimento da Polícia Federal em
desmantelar esquemas ligados ao tráfico de drogas e que usam empresas de
fachada que aparentam ser legítimas.
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