Durante as investigações foram apreendidas cerca de 50
toneladas da droga em portos do Brasil, da Europa e da África
A Polícia
Federal (PF) deflagrou simultaneamente no dia 17 de novembro, duas operações,
Handmade e Descobridor, com objetivo reprimir e desarticular uma organização
criminosa especializada em lavagem de capitais oriundos do tráfico
internacional de drogas. A operação foi contra o grupo do ex-major Carvalho.
Cerca de 50
policiais federais foram às ruas para dar cumprimento a 14 mandados de busca e
apreensão em endereços situados nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e
Mato Grosso. Também foram decretadas medidas patrimoniais de bloqueio de bens
na ordem de R$ 80 milhões.
As investigações
decorreram da chamada Operação Enterprise, deflagrada em novembro de 2020. Também
foram decretadas medidas patrimoniais de bloqueio de bens na ordem de R$ 80
milhões.
Durante as
investigações foram apreendidas cerca de 50 toneladas da droga em portos do
Brasil, da Europa e da África num trabalho de integração entre a Polícia
Federal e a Receita Federal.
Modus Operandi
Para ocultar a
origem ilícita dos recursos advindos do tráfico de drogas, os líderes da
organização criminosa, por meio de uma complexa cadeia de atos ilícitos,
importavam roupas da China e as disponibilizavam em redes de loja do varejo
têxtil, utilizando o chamado “branqueamento” do recurso ilícito.
Após a venda
dessas mercadorias, o dinheiro “sujo” retornava para a organização criminosa já
“lavado”, dificultando a identificação da origem criminosa dos valores. Nesta
ação, carros, dinheiro em espécie, joias e outros itens de interesse da
investigação foram arrecadados pela PF.
Os investigados
nas operações deflagradas responderão na Justiça Federal, confirmados os fatos,
cada qual dentro da sua esfera de responsabilidade, pelos crimes de associação
criminosa e lavagem de capitais, cujas penas, somadas, podem ultrapassar dez
anos de reclusão.
Enterprise
A Operação
Enterprise foi uma ação conjunta entre a Polícia Federal e a Receita Federal do
Brasil (RFB), deflagrada em novembro de 2020. Foram cumpridos 149 mandados de
busca e 66 mandados de prisão nos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo,
Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Bahia
e Pernambuco.
Também foram
expedidas as chamadas difusões vermelhas na Interpol para a prisão de oito
investigados que estariam no exterior. Alguns seguem na lista por não terem
sido localizados até hoje.
Foi a maior
operação do ano no combate à lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e a maior
da história na apreensão de cocaína nos portos brasileiros.
Conforme a
divulgação, a operação que tinha como objetivo combater a lavagem de dinheiro
proveniente do tráfico internacional de drogas prendeu 37 pessoas no Brasil.
Também foi presa 1 pessoa no Panamá, 1 na Colômbia e 1 na Espanha. Ainda foram
apreendidos 200 kg de cocaína, além de 61 veículos, 5 motocicletas, 4 caminhões
e 1 jet-ski.
Já o patrimônio
bloqueado, em imóveis, carros de luxo, joias e aeronaves, está avaliado em
aproximadamente R$ 400 milhões. Só entre as aeronaves, foi realizado sequestro
de 37, uma delas na Espanha, avaliada em US$ 20 milhões. Também foram
apreendidas 16 armas de fogo, um simulacro e 507 munições. Já o dinheiro
encontrado durante a operação totalizou R$ 1.141.002,00, US$ 169.352,00, €
9.000,00 e 1.120 Dirham (moeda dos Emirados Árabes Unidos).
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