Eles
tentavam embarcar no Porto de Santos com 10 kg de cocaína escondida no fundo
falso de sacolas e presa ao corpo
Na madrugada da última terça-feira (19/12), por volta de 1h45, a Guarda Portuária (GPort) prendeu em flagrante dois tripulantes filipinos, com
aproximadamente 10 kg de cocaína, durante fiscalização de rotina realizada no
portão de acesso à área interna (PFP-Macuco 01), quando estavam a caminho do navio
“Premium do Brasil”, atracado no cais do armazém 29, no Porto de Santos, que
tinha como destino à Bélgica.
Durante a abordagem, o guarda
portuário de serviço no local, ao perguntar sobre o conteúdo das sacolas que
transportavam, os dois tripulantes ficaram agitados. Ao verificar as compras
que eles traziam, verificou que havia uma sacola dentro da outra, criando um
fundo falso, localizando ali pacotes de cocaína.
De imediato foi solicitado apoio pelo
rádio e várias viaturas se dirigiram para o local em apoio. Diante da fundada
suspeita, foi realizada uma revista pessoas, sendo então descoberto que um dos
tripulantes ocultava droga sob as vestes, escondida com o auxílio de uma cinta
elástica.
Após receberem voz de prisão pelo
flagrante delito, os tripulantes foram conduzidos pela GPort à Delegacia da
Polícia Federal (PF), onde foi lavrado o auto de prisão em flagrante.
Os presos foram encaminhados à
Justiça Federal, onde poderão responder por tentativa de tráfico transnacional
de drogas.
Modus Operandi
O método utilizado é chamado de
“formiguinha”, quando a droga é levada para bordo dos navios por tripulantes ou
trabalhadores portuários, em pequenas quantidades, oculta nos seus pertences ou
junto ao corpo, por várias pessoas ou pelas mesmas pessoas em várias viagens.
Quando a droga é presa oculta junto
ao corpo, este método é chamado de “barrigada”.
Apreensão não está relacionada a GLO
Esta prisão e apreensão da droga não está relacionada a
Operação “Laís de Guia”, na Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), conforme
foi divulgado pelo “press release” da Marinha, na sua página na internet e
divulgado por diversas mídias.
A apreensão não ocorreu graças à
vigilância atenta da Patrulha de Controle de Tráfego Terrestre da Unidade
Terrestre de Patrulhamento Itinerante.
Ao contrário do que foi divulgado, não
foi uma ação interagências, envolvendo a Marinha do Brasil, Autoridade Portuária
e Órgãos de Segurança Pública.
A Guarda Portuária, mesmo estando
inserida no plano Nacional de Segurança Pública Portuária (PNSPP) e fazer parte
do SUSP-Sistema Único de Segurança Pública, não foi incluída na GLO.
O que disse a Polícia Federal
Na página da internet da Polícia Federal o titulo é: “PF prende dois filipinos por tráfico transnacional de
drogas”, no entanto, o artigo cita que a prisão em flagrante dos dois
tripulantes filipinos, ocorreu durante uma fiscalização de rotina realizada
pela Guarda Portuária.
Afirma ainda que após a detenção
realizada pela Guarda Portuária, os suspeitos foram conduzidos à Delegacia da
Polícia Federal de Santos, não citando que a ocorrência faz parte da operação “Laís
de Guia”, relacionada a GLO.
O que disse a Autoridade Portuária
Segundo o site g1, a Autoridade
Portuária de Santos (APS) informou que as prisões ocorreram durante uma
fiscalização de rotina, quando os tripulantes foram revistados no portão de
acesso ao acessarem o cais para retornar ao navio, e que eles foram conduzidos
até a Delegacia da Polícia Federal de Santos pela Guarda Portuária.
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