Os
traficantes carregavam a droga no Paraguai. Essa cocaína era enviada para Europa via Porto de Santos, Paranaguá
e portos de Santa Catarina
A Polícia Federal
(PF) deflagrou mais uma operação que visa desarticular organização criminosa (Orcrim)
responsável pela introdução de toneladas de entorpecentes em território
nacional, e pela prática de lavagem de dinheiro dos lucros obtidos com o
tráfico de drogas.
Batizada de
“Operação Helix”, ela foi realizada no dia 11 de maio, onde foram cumpridos 10
mandados de prisão e 43 mandados de busca e apreensão no Paraná, São Paulo, Rio
de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Minas Gerais. Além disso,
foram deferidos o sequestro de diversos bens móveis, como automóveis e
helicópteros, e de um imóvel vinculado à organização criminosa, cujos valores
estimados ultrapassam os 30 milhões de reais, além do bloqueio de valores e
contas bancárias das pessoas e empresas envolvidas.
Cooperação
A operação também
contou com cooperação jurídica e policial do Paraguai, com o auxílio da
Adidância e Oficialato de Ligação da PF, após a identificação de que os
carregamentos da droga eram feitos em uma fazenda localizada naquele país.
Inclusive, há a
tentativa de cumprimento de um mandado de prisão contra um dos investigados,
que se encontra no Paraguai, com o auxílio da Secretaria Nacional Antidrogas
(SENAD) e do Ministério Público Paraguaio.
Helicópteros Apreendidos
A PF apreendeu dois
helicópteros que eram usados pela quadrilha acusada de tráfico internacional de
drogas. A apreensão aconteceu em Ribeirão Preto - SP, em um hangar da cidade.
Outro helicóptero
foi apreendido em Paraguaçu Paulista, em cumprimento de mandado em oficina de
aeronaves e empresa de táxi aéreo, no centro-oeste paulista. Também foram
cumpridos mandados em Quatá e Echaporã (SP).
Em Quatá as
buscas foram feitas em três endereços ligados a Ismael Birkner dos Santos, que
morreu após a queda de um helicóptero que transportava drogas no Paraguai,
perto da fronteira com o Brasil, em fevereiro deste ano.
Veículos de Luxo
Segundo a PF veículos
de luxo foram apreendidos em Ribeirão Preto (SP). Um carro avaliado em R$ 500
mil foi apreendido dentro do hangar do Aeroporto Leite Lopes, além de dois
automóveis e uma motocicleta em um condomínio de casas no Jardim Nova Aliança
Sul.
Dois veículos
também foram apreendidos em Quatá. Os carros foram encontrados em endereços
ligados a Ismael Birkner dos Santos. Eles foram levados para o depósito da PF
em Marília.
Investigação
Segundo o
delegado da PF de Londrina (PR), responsável pela operação, Daniel Martarelli
da Costa, os traficantes faziam o carregamento da droga em uma fazenda no
Paraguai, região de fronteira com o estado de Mato Grosso do Sul (MS).
Na sequência, essa
cocaína era enviada para São Paulo e Europa. "Via Porto de Santos (São
Paulo), Paranaguá (Paraná) e portos de Santa Catarina", pontua Martarelli.
Em dois anos
foram apreendidos 2.750kg de cocaína, além de nove helicópteros e um caminhão
que eram utilizados para o transporte da droga proveniente do Paraguai.
Pecuarista de Ponta Porã
Segundo o Diário
de Campo Grande, a mansão do pecuarista Antônio Joaquim da Mota, no Centro de
Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande, voltou a ser alvo da PF.
A viatura
estacionada em frente ao imóvel na Avenida Brasil repete cena de 19 de novembro
de 2019, quando ele foi preso na “Operação Patrón”, etapa da Lava Jato que
mirou Dario Messer, o “doleiro dos doleiros”.
Piloto preso no Espírito Santo
No Espírito
Santo, um homem foi preso suspeito de ser um dos pilotos da quadrilha. Ele é
apontado como responsável por transportar cocaína de helicóptero.
Presos o Paraná
No Paraná, duas
pessoas foram presas em Maringá. Os mandados de prisão e de busca e apreensão
foram cumpridos em residências na Av. Prudente de Morais e Av. Gastão Vidigal,
conforme a polícia.
Em Nova América
da Colina, no norte pioneiro, um suspeito foi preso após quebrar um celular no
chão, que pegou fogo, conforme a PF.
São Paulo
Em São Paulo,
quatro pessoas foram presas.
Nome da Operação
O nome é alusivo
ao modo de agir da organização criminosa, que utilizava helicópteros para a
introdução da droga em território nacional.
Os investigados
responderão pelos crimes de tráfico internacional de entorpecentes, associação
para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
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