Foto: Gabriel de Paiva - Agência O Globo |
Uma força-tarefa
comandada pela PortosRio, empresa pública que administra o Porto do Rio de Janeiro,
Autoridade Portuária, começou no dia 17 de maio, a retirada de 51 embarcações
abandonadas na Baía de Guanabara.
O trabalho é
fruto de um levantamento que identificou cascos e pedaços de navios à deriva no
mar. O estudo teve início em novembro de 2022, depois que um navio abandonado
bateu na Ponte Rio-Niterói e provocou grandes transtornos para quem utilizava a
via.
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil |
Força-tarefa
A Força-tarefa é
comandada pela Autoridade Portuária, com o apoio da Secretaria Estadual de
Energia e Economia do Mar e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea). O trabalho
de retirada das embarcações deve terminar até o final do primeiro semestre
desse ano.
Segundo as
autoridades estaduais, a presença dessas embarcações abandonadas na Baía de
Guanabara afeta a navegabilidade da região e aumenta a poluição no local.
A maioria dessas
embarcações está abandonada há décadas e não podemos mais esperar, disse Álvaro
Savio, diretor-presidente da PortosRio.
“É hora de agir e
resolver definitivamente essa questão, em benefício de todos os usuários da
Baía de Guanabara, com o intuito de minimizar os riscos à navegação e ao meio
ambiente”, completou Álvaro.
Processo começará com as embarcações menores
Segundo a
PortosRio, que lidera a operação de retirada das embarcações, o processo
começará pelas embarcações menores e, posteriormente, envolverá a retirada dos
navios, o que requer operações mais complexas.
Os materiais
recolhidos serão catalogados e passarão por uma triagem. “O que for possível
aproveitar será destinado à reciclagem. Já o descarte será feito em uma área
apropriada, de acordo com as normas ambientais”, explicou Álvaro Savio.
Navio bateu na ponte
Em novembro do
ano passado, o navio graneleiro São Luiz, que estava ancorado na Baía de
Guanabara desde 2016, foi levado pelo vento e se chocou contra a estrutura da
Ponte Rio-Niterói, perto de Niterói.
A embarcação
estava fundeada nas proximidades da Ilha do Governador. A âncora de 7,5
toneladas deveria manter a embarcação, de 200 metros de extensão por 30 de
largura a uma latitude e uma longitude, parada. Acredita-se que o navio se
deslocou por aproximadamente 1 quilômetro até atingir a estrutura.
Cemitério de navios
Em um giro pela
região da Baía de Guanabara pode ser visto dezenas de embarcações com alto
risco de acidentes.
O Canal de São
Lourenço, localizado entre os municípios de Niterói e São Gonçalo, é conhecido
como o cemitério de navios da Baía de Guanabara. Ele está repleto de
embarcações enferrujadas e completamente abandonadas.
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