O navio
"Atlas", com bandeira da Libéria, zarpou do Porto de Santos em 23 de
março, e chegou a Veneza, no nordeste da Itália, em 17 de abril
Após as
informações recebidas de órgãos internacionais através da Direção Central de
Serviços Antidrogas do Departamento de Segurança do Ministério do Interior, a
Guardia di Finanza de Veneza, juntamente com o Departamento de Operações
Aeronáuticas local GdF, procedeu à apreensão de grande quantidade de
entorpecentes escondida a bordo do graneleiro de bandeira liberiana Atlas, proveniente
do Brasil com destino a Veneza.,
A droga, 850 kg
de cocaína divididos em 570 tabletes, estava escondida dentro dos dutos de
ventilação que ligam os diversos setores do navio. O casco externo do
graneleiro foi posteriormente inspecionado, quando o navio estava fundeado,
graças a repetidos mergulhos de mergulhadores da estação naval local da Guardia
di Finanza de Veneza, apoiada pela da cidade de Rimini.
Apreensão
Segundo
apurou-se, a fiscalização ao navio – um graneleiro com uma tripulação de cerca
de vinte marinheiros – teria sido efetuada com base num relatório do
Comando-Geral do Gdf.
Em Veneza, segundo
a Guardia di Finanza, a invasão supostamente ocorreu em duas fases, uma
primeira apreensão de cerca de meia tonelada de cocaína ocorreu na data de
terça-feira (18/04). Em seguida, uma nova vistoria realizada na quarta-feira
(19/04), levou à descoberta de outros 350 kg da mesma substância. O navio mercante
atracou no dia 20 de abril, no Porto de Marghera, altura em que os homens do
Gdf puderam concluir a investigação.
Companhia Marítima
A companhia
marítima grega Laskaridis Shipping negou, na sexta-feira (21), qualquer
envolvimento no transporte de 850 kg de cocaína apreendidos na Itália a bordo
de um de seus graneleiros que havia zarpado do Brasil.
"Nem a
tripulação, nem a companhia estão envolvidos" no transporte da cocaína encontrada
no navio "Atlas", no Porto de Veneza, afirmou a empresa em
comunicado.
"A sociedade
Laskaridis Shipping, administradora comercial do graneleiro 'Atlas', está colaborando
com as autoridades [italianas] na investigação", acrescentou.
O navio
"Atlas", com bandeira da Libéria, zarpou do Porto de Santos em 23 de
março, e chegou a Veneza, no nordeste da Itália, em 17 de abril.
“A droga,
avaliada em 150 milhões de euros (cerca de R$ 830 milhões), estava escondida na
tubulação do navio, "aproximadamente 11 metros sob a linha de flutuação
[...], em uma parte inacessível do interior [da embarcação], os quais apenas
mergulhadores conseguem ter acesso, detalhou a Laskaridis Shipping”.
Máfia Calabresa
O tráfico de
drogas na Europa é controlado, em boa parte, pela máfia calabresa 'Ndrangheta,
que compartilha o mercado com outras organizações criminosas em função de sua
localização geográfica ou suas especialidades (logística, segurança, lavagem de
dinheiro).
Segundo a
Europol, a agência de cooperação policial da União Europeia, o comércio
varejista de cocaína, que procede amplamente de países latino-americanos,
representa atualmente um mercado de 7,6 a 10,5 bilhões de euros (entre 42 e 58
bilhões de reais) na Europa.
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