João
Armôa Junior deixou a prisão, mas ainda responde
o processo por suposto envolvimento nos crimes da maior facção criminosa do
país
A Justiça Federal
de Santos, no litoral de São Paulo, decidiu pela soltura do advogado João Armôa
Júnior no final da tarde do dia 30 de março, que já deixou o presídio de
Tremembé, no Interior de São Paulo. Ele foi preso suspeito de ter envolvimento
com uma quadrilha de tráfico internacional de drogas.
Apesar de ter
deixado a prisão, ele ainda responde processo pelo suposto envolvimento em
ações criminosas comandadas pela maior facção do país. A expectativa é que ele
cumpra medidas cautelares determinadas pela Justiça de Santos.
O juiz Roberto
Lemos dos Santos Filho, da 5ª Vara Federal de Santos, impôs que o advogado
compareça quinzenalmente para informar as atividades realizadas, proibiu o
contato com os demais denunciados, não pode sair do município, do país, deve
usar tornozeleira eletrônica e entregar o passaporte.
Em entrevista à
TV Tribuna, emissora afiliada à Rede Globo, o advogado que representa Armôa
Júnior, Eugênio Malavasi, informou que o cliente respeitará as determinações
judiciais estabelecidas. "Evidentemente, iremos aguardar o desenrolar da
ação penal para que, no futuro próximo, possamos postular a revogação também
das medidas cautelares estabelecidas pelo juízo de origem", disse.
Armôa e os outros
oito suspeitos citados no processo também tiveram as prisões revogadas, entre
eles Vinicyus Soares da Costa, conhecido como Evoque. Ele estava detido desde a
Operação Diamante da PF.
Nova determinação
A substituição da
prisão preventiva por medidas cautelares foi tomada após Malavasi alegar que a
apreensão do celular do advogado foi feita sem um mandado de busca pessoal e,
portanto, as informações no celular não poderiam ter sido usadas para as
investigações.
Em 18 de março,
Malavasi disse à TV Tribuna: "Não havia, para aquele dia, autorização
judicial para busca pessoal em detrimento do doutor João [Manoel Armôa] [...].
Os agentes da lei apreenderam dois telefones [celulares] sem mandado ou
pressuposto estabelecido na lei", explicou.
Com isso, o Tribunal
Regional Federal (TRF) da 3ª Região decidiu, a partir dos documentos fornecidos
pela defesa dos acusados, que a prova havia sido obtida de forma ilegal.
Prisão
A Polícia Federal
(PF) prendeu o advogado João Manoel Armôa Junior, suspeito de envolvimento com quadrilha de tráfico internacional de drogas, no dia 16 de setembro de 2022, em
Santos, no litoral de São Paulo.
Segundo a PF, o
advogado estaria participando ativamente de atividades criminosas desenvolvidas
por Vinicyus Soares da Costa, conhecido como Evoque. Durante investigação,
apontou-se que João Manoel teria comunicado o amigo sobre uma apreensão de
droga, e estaria presente durante uma negociação de propina.
Na época, o juiz
da 5ª Vara de Santos (SP), Roberto Lemos, determinou a busca e apreensão e a
prisão do advogado. Além disso, Lemos ordenou que João Manoel fosse levado a
uma penitenciária penal com sala de estado maior, ficando separado dos outros
presos.
Fonte: g1 santos e região
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