Mercadoria
caracterizada como resíduo de material hospitalar, cuja importação não é
autorizada, veio de Portugal
Um contêiner
contendo 14,8 toneladas de lixo hospitalar saiu de Portugal e foi apreendido pela
Alfândega da Receita Federal no Porto de Suape, em Ipojuca, no Grande Recife.
Equipo (dispositivos utilizados para administrar as medicações endovenosas),
mangueiras e bolsas para sangue, entre outros objetos, estavam no contêiner.
A Receita Federal
do Brasil (RFB) realiza um trabalho de análise de riscos em todas as cargas que
circulam pelo Porto de Suape e esse contêiner foi apontado como suspeito. A
carga foi declarada pelo importador como “polímeros de cloreto de vinila”, mas
na verdade eram mangueiras, bolsas para sangue e outros resíduos sólidos
hospitalares.
Diante das
suspeitas, a RFB enviou Ofício à Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA) na manhã do dia 16 de fevereiro relatando o fato e solicitando apoio
na verificação da carga. Na sexta-feira, dia 17 de fevereiro, a ANVISA
vistoriou as mercadorias e confirmou as suspeitas. A carga, de fato, era de
resíduo sólido hospitalar.
A vistoria
conjunta da Receita Federal e Anvisa da carga, procedente de Portugal, foi
realizada no recinto alfandegado do Porto de Suape. De acordo com as evidências
coletadas durante o procedimento de inspeção física, a mercadoria foi
caracterizada como resíduo de material hospitalar, cuja importação não é
autorizada. A mercadoria ficará apreendida pela Receita Federal no Porto de
Suape, até que o importador seja intimado para providenciar a devolução da
mercadoria ao exterior, nos termos do art. 46 da Lei nº 12.715/2012.
A delegada da
Alfândega do Recife lembrou que “tivemos um caso semelhante em 2011, quando um
importador recebeu alguns contêineres com lençóis hospitalares usados. Em 2021,
outra ocorrência chamou a atenção pois estávamos no meio de uma pandemia e o
material podia ter sido utilizado, inclusive, em pacientes. O caso atual nos
chama a atenção pela proximidade das festividades carnavalescas”. A Receita
Federal tem um importante papel na defesa da sociedade e impedir a entrada de
cargas que coloquem em risco a saúde pública é uma das missões da instituição.
Os nomes das
pessoas e empresas envolvidas não foram divulgados devido ao sigilo fiscal.
Polícia Federal
A Polícia Federal
(PF) realizou na segunda-feira (27/2) a perícia no contêiner que foi apreendido.
Uma equipe de
peritos criminais federais se dirigiu até ao contêiner em Suape para realizar a
perícia técnica a fim de avaliar se existe crime que seja de atribuição da
Polícia Federal (contrabando ou crime ambiental).
Caso seja
comprovada a ilicitude de competência na esfera federal será instaurado
inquérito policial objetivando investigar todas as circunstâncias e
responsabilização dos envolvidos na importação.
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