Segundo
a Receita Federal, a droga era escondida em contêineres de navios nos portos do
Rio de Janeiro e Santos-SP que tinham como destino a Europa
Leonardo Serro
dos Santos, 47 anos, preso pela Interpol em Abu Dhabi, em 15 de dezembro, foi
alvo da Polícia Federal (PF) em fevereiro do ano passado, durante a Operação
Turfe, que mirou traficantes internacionais de cocaína. Ele é apontado como o
principal líder de uma grande facção criminosa brasileira que opera em Portugal.
Serro foi detido
pelas autoridades dos Emirados Arábes Unidos após um pedido de captura
internacional do suspeito ser emitido pela Interpol. O Ministério da Justiça
prepara um pedido de extradição para os próximos dias.
O homem de 47
anos também tem cidadania portuguesa e é descrito pela PF como o responsável
pela logística da exportação da droga, da sua saída dos portos brasileiros à
chegada na Europa. Nas redes sociais de Serro, é possível encontrar fotos dele
acompanhado de familiares em diferentes cidades do continente.
Em fevereiro, a
PF cumpriu 20 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão no Rio de Janeiro,
São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Diligências também
foram feitas no Paraguai, Espanha e Emirados Árabes.
A organização criminosa
adquiria a cocaína na Bolívia e Colômbia, e a droga era posteriormente
distribuída no mercado interno brasileiro e europeu. Segundo a Receita Federal,
que também participou da operação, a droga era escondida em contêineres de navios
nos portos do Rio de Janeiro e Santos-SP que tinham como destino a Europa.
Na época, a
Justiça Federal pediu a apreensão de R$ 250 milhões em bens dos envolvidos.
Os 18 meses de
investigação resultaram na apreensão de oito toneladas de cocaína e de R$ 11
milhões. O dinheiro era lavado pelos criminosos através de casas de câmbio e da
compra e venda de cavalos de corrida, origem do nome da operação. Segundo a PF,
Serro é considerado fugitivo desde então.
Serro estaria
desde então em Portugal, onde mantinha residência no município de Cascais.
Segundo o jornal português Visão, ele é dono de uma empresa de gestão de
carreiras desportivas, que, criada em 2009, não tem registro de atividades
profissionais. Conhecido também como 'Carioca', Serro não declarava seus
rendimentos.
Ele foi preso na
capital dos Emirados Arábes Unidos, onde familiare seus moram, após deixar o
Catar, para onde tinha viajado com o objetivo de ver o Brasil jogar na Copa do
Mundo.
Invasão de facção brasileira em Portugal
A presença de
membros de facções brasileiras atuando em Portugal não é novidade. Segundo a
revista portuguesa Visão, a Polícia Federal brasileira reuniu-se na semana
passada com a Polícia Judiciária e o Ministério Público do país. No encontro,
as autoridades brasileiras alertaram formalmente suas contrapartes da presença
cada vez maior de membros da facção em Portugual.
Segundo a
revista, 42 membros da facção haviam sido identificados morando no país. O
objetivo seria utilizar o país como porta de entrada para o comércio.
Além disso, as prisões
do ex-policial Sérgio Roberto de Carvalho, conhecido como 'Pablo Escobar
Brasileiro', em junho, e de seu operador em Portugal, Ruben Oliveira, o
'Xuxas', abriram caminho para a reorganiação do narcotráfico na região. O
episódio teria sido visto como uma oportunidade pela facção brasileira para
reforçar sua presença no país.
Fonte: Yahoo/OGlobo
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