O
objetivo é fiscalizar embarcações clandestinas que estejam próximas ao cais
A Guarda
Portuária (GPort) intensificou a fiscalização marítima de contra bordo, como é
tecnicamente designada. A ação agora acontece 24 horas, costeando todo o cais,
da ponta leste do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), até a ponta
oeste, onde está localizado o píer de inflamáveis.
O objetivo da
ronda é fiscalizar embarcações clandestinas que estejam próximas ao cais
durante as operações de carregamento e descarga e passar orientações aos
tripulantes dos navios visando intensificar a segurança na área portuária.
A medida foi
implementada a partir de uma determinação da Comissão Nacional de Segurança
Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis (Conportos). Segundo o chefe da
Guarda Portuária, major César Kamakawa, as embarcações têm que se manter a uma
distância de pelo menos 200 metros do cais do porto.
“Às vezes o
pessoal se aventura ali para atividades de pesca. Aproveitando exatamente essa
questão, os mal-intencionados, ligados ao crime organizado, aproveitam também
esse momento para inserir drogas nos cascos dos navios”, explica Kamakawa.
Eventualmente,
quando atracados, os navios baixam as escadas de contra bordo, que dão acesso
ao deck do navio, e ficam do lado oposto da visão pela terra. “Se não existisse
essa fiscalização por água, dificilmente esses embarques e desembarques que
acontecem através dessas escadas, e que podem em alguns casos ser considerados
clandestinos, poderiam estar ocorrendo com apoio de embarcações menores,
contratadas para essa finalidade”, explica.
Kamakawa afirma
ainda que a escada de contra bordo pode também ser utilizada por tripulantes
para embarcar ou desembarcar do navio de forma clandestina, burlando a
fiscalização da Autoridade Portuária, inserindo na embarcação mercadorias de
origem duvidosa e não declaradas perante a Receita Federal ou até mesmo favorecendo
o tráfico internacional.
Ação
Com apenas dois
meses de fiscalização uma situação adversa já foi investigada. “Chamou atenção
uma embarcação pequena que deixou mergulhadores próximos ao cais e eles
simplesmente desapareceram, enquanto o barco se retirou do local. Imediatamente
foi acionada a equipe do Núcleo Especial de Polícia Marítima (Nepon), da
Polícia Federal (PF). Foi realizado um trabalho de fiscalização no casco do
navio, para verificar se ocorreu alguma irregularidade ligada ao tráfico internacional.
Felizmente, nada de irregular foi constatado”, finaliza o chefe da GPort.
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