Foram
apreendidos 184 kg da droga. A carga tinha como destino final o Porto de Antuérpia,
na Bélgica
Na madrugada do
dia 17, a Guarda Portuária (Gport) foi acionada para comparecer ao terminal da empresa
Brasil Terminal Portuário (BTP), localizado na Avenida Engenheiro Augusto
Barata, conhecida como “Reta da Alamoa”, em Santos, litoral de São Paulo.
O acionamento da
GPort ocorreu após os operadores do Centro de Controle e Monitoramento (CCMON)
daquele terminal visualizarem pelas câmeras, uma movimentação estranha em uma
das quadras onde os contêineres ficam armazenados com destino ao embarque.
Chegando ao local
indicado, os guardas portuários surpreenderam dois indivíduos introduzindo
bolsas esportivas, contendo tabletes de cocaína em um contêiner. Posteriormente
um caminhoneiro, que supostamente teria deixando eles e a droga no local e
retornava para apanhá-los, também foi detido.
O contêiner onde
a droga estava sendo inserida tinha como destino final o Porto de Antuérpia, na
Bélgica.
Os três, assim
como a droga e o caminhão, foram encaminhados à sede da Policia Federal (PF),
no centro de Santos.
Após ouvir o
relato dos fatos e o teste realizado constatar que se tratava realmente de
cocaína, a droga foi pesada, totalizando 184 kg.
O entorpecente
foi apreendido e os três homens foram autuados em flagrante por tráfico
internacional de drogas. O crime de tráfico de drogas tem previsão no artigo 33
da Lei 11.343/06, cuja pena é de 5 a 15 anos de reclusão. Ademais, por conta da
transnacionalidade do delito, incide sobre essa pena a agravante de um sexto a
dois terços da pena, na forma do inciso I do artigo 40 da mesma Lei.
Os investigados foram
encaminhados ao sistema prisional, ficando à disposição da Justiça Federal.
Mercado do Tráfico
Segundo alguns
caminhoneiros ouvidos pelo Portal Segurança Portuária Em Foco, eles são
aliciados nas áreas externas, antes de acessarem aquele terminal, com ofertas
de até R$ 100.000,00 para transportar a droga ou mesmo outra pessoa, escondida
na cabine do caminhão, no intuito de inseri-la dentro de um contêiner pré-informado.
Metade do valor é
pago antecipadamente e o restante após ser provado, através de fotos da droga inserida
no interior do contêiner.
Trabalho da Gport não é divulgado
Apesar da Guarda
Portuária ser responsável pelo policiamento ostensivo na área portuária,
provendo a segurança dos trabalhadores e usuários do porto, a Santos Port
Authority (SPA), antiga Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp),
empresa pública que administra o porto, não divulga nenhuma ação da sua
corporação.
Segundo os
guardas portuários ouvidos pelo Portal Segurança Em Foco, eles são proibidos de
acionar a imprensa, dar entrevista, ou mesmo fornecer qualquer tipo de informação
em todas as ocorrências na qual estejam envolvidos, ficando sujeitos a Processo Administrativo Disciplinar (PAD), em caso de descumprimento.
Com a falta de
divulgação do trabalho que essa corporação realiza, muitas ocorrências deixam
de ser divulgadas, ou quando o são, a sua participação é diminuida ou até mesmo
suprimida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários publicados não representam a opinião do Portal Segurança Portuária Em Foco. A responsabilidade é do autor da mensagem. Não serão aceitos comentários anônimos. Caso não tenha conta no Google, entre como anônimo mas se identique no final do seu comentário e insira o seu e-mail.