Serão mais de 150 câmeras, sistema de captura de imagem,
sistema de controle de acesso, sistema de detecção de imagem por OCR, rádios,
cancelas, catracas, radares de segurança perimetral e um novo centro de
controle operacional
Uma
demanda antiga da comunidade portuária é a melhoria no controle de acesso de
pessoas e veículos aos portos administrados pela Companhia Docas do Rio de
Janeiro (CDRJ). Igualmente, há necessidade de um maior controle das embarcações
que trafegam em seus canais de acesso e áreas de fundeio. Atenta a essas
demandas, a atual gestão da CDRJ está concluindo uma série de projetos que
visam a atender aos públicos interno e externo, aprimorando os níveis de
segurança de suas instalações e a rastreabilidade de informações.
Um
novo projeto de segurança está sendo implementado no Porto do Rio de Janeiro.
Até o final de abril deste ano, toda uma nova estrutura, que atende
perfeitamente às exigências do Código Internacional de Segurança de Instalações
Portuárias, estará operacional.
O
diretor-presidente da CDRJ, Tarcísio Tomazoni, detalhou essa estrutura: “Serão
mais de 150 câmeras, sistema de captura de imagem, sistema de controle de
acesso, sistema de detecção de imagem por OCR, rádios, cancelas, catracas,
radares de segurança perimetral e um novo centro de controle operacional. E
ainda hardwares, softwares e toda a infraestrutura de datacenter necessária
para o funcionamento adequado e ininterrupto de um moderno sistema de segurança
e controle de acesso. ”
Complementarmente,
uma plataforma de cadastro e permissão de acesso de pessoas e veículos ao Porto
organizado do Rio de Janeiro, bem como para o gerenciamento de agendamentos de
veículos de carga, está sendo implantada. O projeto, desenvolvido em parceria
com o Sindicato dos Operadores Portuários do Rio de Janeiro (SINDOPERJ), é
fruto de sucessivas discussões entre a CDRJ, arrendatários, transportadoras e
outros usuários.
Segundo
Tomazoni, um Instrumento Normativo recentemente publicado pela CDRJ apresentou
“Normas de cadastro e permissão de acesso de pessoas e veículos ao Porto
organizado do Rio de Janeiro”. “Em até 90 dias, todos os usuários deverão fazer
uso da plataforma. Tão logo esse sistema tenha seu uso consolidado no Porto do
Rio de Janeiro e esteja integrado aos demais mecanismos de controle previstos
no Plano de Segurança da unidade, sua implementação também acontecerá no Porto
de Itaguaí”, explicou o diretor-presidente.
Com foco no suporte ao controle das atividades
de fiscalização (área portuária, acesso aquaviário e meio ambiente), a CDRJ
concluiu processo licitatório para aquisição de drones para os portos do Rio de
Janeiro e de Itaguaí e deverá assinar o contrato nos próximos dias. Está em
elaboração um instrumento normativo que regulamentará a utilização dos
equipamentos pela Guarda Portuária e pelas áreas de Controle de Acesso
Aquaviário, Controle de Acesso Terrestre e Gestão do Meio Ambiente e Segurança
do Trabalho. Mais de 40 profissionais da Guarda Portuária foram capacitados no
ano de 2018 para a utilização dos equipamentos.
Gestão e Controle do
Acesso Aquaviário
Uma
plataforma unificada de controle de acesso aquaviário e gestão das operações
portuárias está em fase final de desenvolvimento e implantação. O chamado
“Sistema de Gestão Portuária” (SIGPORT), que atenderá aos quatro portos sob a
gestão da CDRJ (Rio de Janeiro, Itaguaí, Niterói e Angra dos Reis), substituirá
os sistemas independentes hoje utilizados: o “SuperVia de dados”, para
recebimento de documentação; o “SIGEP”, que dentre outras funcionalidades,
emite a guia de pagamento; e o “Sistema de Programação de Navios”, que controla
o fundeio, as atracações e desatracações das embarcações.
Tomazoni
informou que a ferramenta, integrada ao sistema governamental “Porto sem
Papel”, otimizará enormemente a experiência do usuário, evitando uma série de
retrabalhos hoje necessários, haja vista a desconexão entre os sistemas
diversos. “Além disso, o SIGPORT contará com módulos hoje inexistentes, como o
de fiscalização (área operacional, meio ambiente e segurança do trabalho) e
contará com estatísticas e relatórios unificados às demandas da Agência
Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).
Parceria
com a Marinha do Brasil para implantação do VTMIS - Por fim, ainda no quesito
“Gestão e Controle do Acesso Aquaviário”, o diretor-presidente da CDRJ salienta
que iniciou tratativas junto ao Comando de Operações Navais da Marinha do
Brasil, para celebração de parceria entre ambas as instituições para
implantação do Sistema VTMIS (Vessel Traffiic Management Information System) no
Porto do Rio de Janeiro.
Nessa
parceria, a CDRJ teria acesso aos dados brutos gerados pelo Sistema de Radares
em implantação pela Marinha do Brasil na Baía de Guanabara, por conta do
Projeto de Gerenciamento da Amazônia Azul (SidGAAZ). “Discute-se, no momento,
as contrapartidas, os investimentos incrementais, os sítios de localização dos
radares, tipificação dos radares, plataforma de integração dos dados e
definição de funções e responsabilidades de cada órgão no que concerne à
manutenção dos equipamentos e segurança das instalações. Além disso, discute-se
o modelo legal apropriado para a parceria proposta”, destacou Tomazoni.
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