Segundo Polícia Federal, ele transportou tabletes da
droga que seriam embarcados em um navio no Porto de Santos. Defesa afirma que
motorista não é traficante, apesar de confessar o crime
O
caminhoneiro Rodrigo Oliveira de Araújo, de 32 anos, foi condenado a 10 anos e
cinco meses de prisão por participação na tentativa de envio de 839 kg de cocaína para a Europa pelo Porto de Santos, no litoral de São Paulo. Ele
confessou o crime, mas a defesa considerou a sentença elevada demais e disse
que vai recorrer da decisão .
Araújo
foi preso em flagrante em julho de 2018 em um terminal na margem direita do
complexo portuário, considerado o maior e mais importante do país. Pelas
câmeras de monitoramento, guardas desconfiaram de um caminhão nas proximidades
de uma fileira de contêineres prontos para serem embarcados em um navio.
Equipes
foram deslocadas até onde estava o veículo e detiveram o condutor ao notar que
algumas caixas metálicas tinham sido abertas. Ao notar a mobilização dos
agentes, comparsas que o acompanhavam na ação criminosa conseguiram fugir pelo
mar por meio de uma embarcação que havia sido escondida no entorno do terminal.
A
ocorrência ficou sob responsabilidade da Polícia Federal e da Receita Federal
que, diante das suspeitas no pátio de contêineres, encontraram 16 bolsas pretas
esportivas com 509 kg de cocaína escondidas no caminhão conduzido pelo réu.
Além disso, foram localizadas em contêineres violados mais 330 kg da droga
também estado puríssimo.
Rodrigo
foi preso em flagrante por tráfico internacional de drogas e relatou que foi
contratado por R$ 15 mil para fazer o transporte do entorpecente. Denunciado
pelo mesmo crime pelo Ministério Público Federal (MPF) à Justiça, afirmou em
juízo que aceitou o serviço por passar dificuldades financeiras e que estava
com medo de represálias.
O
caminhoneiro não quis revelar quem o contratou, nem quem eram as quatro pessoas
que o acompanhavam e fugiram após chegada das equipes que realizaram o
flagrante. O inquérito policial também não identificou os demais participantes
do crime, mas constatou que a cocaína tinha como destino portos na Espanha e na
Bélgica.
O
juiz federal substituto Mateus Castelo Branco Firmino da Silva, da 5ª Vara
Federal de Santos, condenou o motorista com base nas provas colhidas pelas
autoridades federais, mas levou em consideração que ele não havia antecedentes
e que confessou o crime. O sentenciado, entretanto, não poderá recorrer em
liberdade e permanecerá preso.
O
advogado que o defende no processo, Silvano José de Almeida, criticou a
sentença. "Foi extremamente exacerbada. Foi comprovado que o Rodrigo foi
cooptado. Ele foi apenas mais um elemento no mecanismo e foi usado pelos
verdadeiros traficantes para levar a droga de um ponto 'a' para um ponto 'b', sem
outra participação no esquema".
Almeida
afirma que vai recorrer em instância superior para rever a decisão. "Não
queremos que ele seja absolvido. O Rodrigo, que trabalha há 10 anos como
caminhoneiro, confessou e estava preparado para a condenação. Ele fez, pois
precisava do dinheiro. Nós entendemos que a pena deve existir, mas condizente,
já que ele não era o traficante", finaliza.
Fonte:
G1 Santos
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