Mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos
no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás.
Vinte e uma pessoas foram presas. Duas pessoas, com prisão temporária, ainda
não foram localizadas
Vinte
e uma pessoas foram presas em uma operação da Polícia Federal e da Receita
Federal do Brasil, na manhã desta quinta-feira (29). Elas são suspeitas de
tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema
financeiro nacional no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Mato
Grosso do Sul e Goiás. Duas pessoas, com prisão temporária, ainda não foram
localizadas.
Os
policiais saíram às ruas para cumprir 23 mandados de prisão e 40 de busca e
apreensão para sequestro e bloqueio de imóveis, fazendas, aeronaves,
embarcações, veículos e contas bancárias, estimados em mais de R$ 25 milhões.
No
Rio Grande do Sul, 10 suspeitos foram presos. Entre eles, o chefe do grupo que
já estava preso desde o ano passado, mas que continuava comandando o esquema de
dentro da Penitenciária de Alta Seguranca de Charqueadas (Pasc).
"Nós
conseguimos, através dessa investigação, comprovar senão o maior, um dos
maiores esquemas de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas que envolvia o
estado do Rio Grande do Sul", disse o superintendente da Polícia Federal
do RS Alexandre da Silveira Isbarrola.
Em
São Paulo, a PF prendeu outros seis. Na casa de um dos doleiros, foram
encontrados dólares em uma máquina de lavar roupa. Dentro dela, foram
contabilizados 330 mil dólares, 10 mil euros e R$ 57 mil.
Quatro
foram presos no Mato Grosso do Sul, onde seis aviões agrícolas foram
apreendidos. Um outro suspeito foi preso em Goiás.
Prisões
por cidade:
RIO GRANDE DO SUL
Tramandaí:
1
Cachoeirinha:
3
Gravataí:
1
Novo
Hamburgo: 1
Uruguaiana:
2
Charqueadas:
1
Itaqui:
1
SÃO
PAULO
São
Paulo: 3
Limeira:
3
MATO
GROSSO DO SUL
Campo
Grande: 4
GOIÁS
Pirenópolis:
1
De
acordo com os policiais, até agora, foi possível comprovar o envio de 2,2
toneladas de cocaína do Brasil para a Europa pelo grupo criminoso. A droga era
enviada em blocos de concreto.
Os
traficantes usavam doleiros em São Paulo para o pagamento das transações do
tráfico de drogas no exterior. A organização criminosa movimentou cerca de R$
1,4 bilhão nos últimos três anos.
A operação aconteceu em 17
cidades
RS:
Porto Alegre, Uruguaiana, Novo Hamburgo, Estância Velha, Gravataí, Tramandaí,
Itaquí, Capão do Cipó, Cachoeirinha e Palmares do Sul.
SP:
São Paulo e Limeira.
MS:
Campo Grande, Caarapó e Fátima do Sul.
SC:
Tijucas.
GO:
Pirenópolis.
Polícia
também cumpriu mandandos de sequestro de bens e bloqueio de contas bancárias
imóveis:
13
fazendas:
2
automóveis
e caminhões: 81
aeronaves:
8
embarcações:6
contas
bancárias - pessoa jurídica: 121
contas
bancárias - pessoa física: 57
A
investigação aponta para um banco informal responsável pela lavagem de dinheiro
vindo de diversos crimes, além do tráfico de drogas, como contrabando e outros
ilícitos.
"Também
foram identificados chineses na operação, que estavam aplicando recurso nesse
banco paralelo", explica o delegado da Polícia Federal do RS Roger Soares
Cardoso.
Já
foram rastreadas cerca de 90 empresas de fachada e 70 pessoas empregadas como "laranjas"
do grupo para a operacionalização da lavagem de dinheiro e operações de câmbio
ilegais.
O
inquérito policial foi instaurado em junho de 2017 para apurar o envio de
cocaína da Bolívia para o Rio Grande do Sul. A Polícia Federal identificou que
aviões partiam de Mato Grosso do Sul para serem carregados com grande
quantidade de cocaína na Bolívia e seguiam até o Rio Grande do Sul, onde
pousavam em fazendas compradas pela organização criminosa. A droga seguia,
pelas rodovias, para outros estados e permanecia em depósitos até ser
despachada para a Europa através de portos brasileiros.
Uma
das apreensões ocorreu no terminal portuário de Navegantes, em Santa Catarina,
em 6 de maio de 2016, quando 811 kg da droga, escondidos em blocos de granito,
foram localizados pela Receita Federal em contêineres que seriam despachados
para a Espanha.
Em
outra apreensão, em 23 de junho deste ano, a Polícia Federal flagrou 448 kg da
droga escondidos em um bloco de concreto, em um caminhão que trafegava pelo
município de Unistalda, na Região Central do Rio Grande do Sul.
Os
crimes investigados na Operação Planum são organização criminosa, tráfico
internacional de drogas, associação para o tráfico de drogas, operação de
instituição financeira sem a devida autorização, operação de câmbio não
autorizada e lavagem de dinheiro.
Fonte:
G1
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