Durante a madrugada, com o apoio da Guarda Portuária, quatro
homens foram presos em flagrante enquanto tentavam infiltrar sete mochilas com
78 kg de cocaína pura em contêineres em um navio
Na
madrugada de ontem (10) a Polícia Federal (PF) deflagrou a “Operação Aegir” contra
o tráfico internacional de drogas em três estados: Rio de Janeiro, Paraíba e
Rio Grande do Norte, prendendo vários integrantes de uma organização criminosa responsável
pela "contaminação" de contêineres a bordo de navios de carga, no
Porto do Rio, para o envio de cocaína para a Europa.
Foto: Reprodução TV Globo |
Foto: Reprodução TV Globo |
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Foram expedidos 18 mandados de prisão temporária e 22 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Paraíba. Cerca de 200 policiais federais participam da ação.
Onze
pessoas foram presas. A ação contou com apoio da Capitania dos Portos, da
Aeronáutica, da Receita Federal e da Guarda Portuária.
Flagrante
Durante
a madrugada, com o apoio da Guarda Portuária, quatro homens foram presos em
flagrante enquanto tentavam infiltrar sete mochilas com 78 kg de cocaína pura
em contêineres em um navio. De acordo com a polícia, dois eram estivadores e outros
dois eram funcionários do terminal de contêineres MultiRio. A droga seguiria
para o Porto de Antuérpia, na Bélgica.
Segundo
o delegado André Santana, a operação foi antecipada – a investigação sobre esta
quadrilha detectou uma movimentação na região do Porto. Com um dos presos, que
foi capturado em casa, em Copacabana, a polícia encontrou 32 mil dólares de 10
kg de maconha.
Investigação
A
PF investigava essa quadrilha desde julho, quando integrantes dessa quadrilha foram
detidos. “Eles enviavam cocaína para a
Europa em contêineres e negociavam em criptomoedas, principalmente bitcoins, a fim
de burlar o controle da movimentação financeira", explicou na época o chefe
da delegacia de Repressão às Drogas da Polícia Federal, Carlos Eduardo Thomé.
Modus operandi
De
acordo com a Polícia Federal, o método com que a organização criminosa operava
o tráfico internacional de drogas é o chamado “Rip-load (rip on) / Rip-off”,
“içamento” ou “pescaria” que consiste, basicamente, em levar a carga de drogas
para dentro de navios ancorados nos portos com a ajuda de uma pequena
embarcação que se aproxima do seu bordo externo (voltado para o mar, e por isso
fora visão dos funcionários em terra).
—
Eles carregavam embarcações pequenas, navegavam pela Baía de Guanabara, se
posicionavam a bordo do navio e faziam o içamento com a participação de
estivadores. Os contêineres eram escolhidos previamente para serem contaminados
— explica o delegado André Santana.
De
acordo com a polícia, os remetentes e destinatários da mercadoria lícita que
estavam nos contêineres não tinham conhecimento da atividade de tráfico.
—
Não temos nenhum indicativo de que as partes envolvidas na negociação comercial
lícita tinham conhecimento sobre isso.
Chefe preso em Natal
Apontado
como chefe da quadrilha que atua no Porto do Rio, um empresário foi preso em
Natal, no Rio Grande do Norte. De acordo com a polícia, ele vinha ao Rio com
frequência e mantinha um quarto alugado em um hotel no Centro. A mesma operação
prendeu uma pessoa em João Pessoa e o chefe do grupo em Natal.
O
nome da “Operação Aegir” remete à mitologia nórdica. Aegir era o deus dos mares
e oceanos. Ele era ao mesmo tempo cultuado e temido pelos marinheiros, pois
estes acreditavam que ele aparecia na superfície para tomar homens e cargas e
levá-los para seu salão no fundo do oceano.
Até
setembro, a Polícia Federal apreendeu 2,5 toneladas de cocaína este ano no Rio
- desse total, duas toneladas iriam para a Europa. Em todo o Brasil, este ano
foram apreendidas 59 toneladas da droga, o que é considerado um recorde pela
PF.
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