Flagrante ocorreu na madrugada desta sexta-feira, no
distrito de Vicente de Carvalho, em Guarujá
Um
jovem de 19 anos foi preso em flagrante com um fuzil importado, de uso
restrito, durante patrulhamento realizado pelo bairro Pae Cará, em Vicente de
Carvalho, na madrugada desta sexta-feira (5). Na residência do acusado, a
polícia ainda apreendeu um veículo clonado, com placas de Americana (SP), e
quatro lacres de contêineres de uma armadora italiana.
O
flagrante ocorreu por volta das 4 horas, durante patrulhamento realizado no
bairro pelo Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar (Baep). O acusado,
identificado como Nathan Cruz Canha da Silva, foi avistado em atitude suspeita
na Avenida São Paulo. Durante revista, os policiais encontraram em suas vestes
duas munições de fuzil calibre 223, a chave de um veículo, além de um aparelho
celular modelo J7 Prime.
Questionado
sobre o material, o homem, que afirmou estar retornando de uma festa, acabou
revelando aos policiais que mantinha na garagem de sua residência um Fiat
Strada Adventure, preto, modelo 2012, o qual não tinha documentos. Ele ainda
afirmou que receberia R$ 3 mil para manter o veículo em sua casa.
Após
se dirigirem à moradia do acusado, os policiais realizaram revista no interior
do veículo e encontraram, no banco de trás, uma mochila de cor vermelha. Dentro
dela estava um fuzil da marca Colt, modelo M4 Carbine, além de munições, dois
carregadores e quatro lacres de contêineres.
Fuzil pode ter sido usado
na execução de PM
O
fuzil norte-americano Colt, do modelo M4 e de calibre 2.23, pode ter sido uma das armas usadas na execução do cabo José Aldo dos Santos, no último dia 26, no
Pae Cará, em Vicente de Carvalho.
O
cabo Aldo foi fuzilado no início da manhã, na Rua Maranhão, com cerca de 70
tiros. Ele dirigia um Honda Civic blindado, que não resistiu ao impacto dos
disparos. Peritos coletaram no local, cartuchos deflagrados dos calibres 7.62
(fuzil automático-leve ou FAL) e 5.56 (compatível com AR-15).
Como
a munição 5.56 também pode alimentar fuzil de calibre 2.23, será realizado o
confronto balístico entre a arma achada na casa de Nathan e os cartuchos
recolhidos no local do assassinato do cabo. A perícia será requerida pelo
delegado Luiz Ricardo de Lara Dias Júnior e poderá atestar se o Colt M4 integra
o arsenal usado para eliminar Aldo.
Titular
da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Lara é o responsável pelo inquérito
que apura a morte do policial militar. Desde o homicídio, foi o primeiro fuzil
apreendido na região. Por coincidência, a arma estava escondida no mesmo bairro
onde ocorreu a execução do cabo. No último final de semana, PMs já haviam
achado uma réplica de fuzil na Favela da Prainha, no Pae Cará.
Carro furtado
Nathan
foi detido por integrantes do 2º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep).
Ele estava sozinho na Avenida São Paulo e demonstrou nervosismo ao ver a
viatura, motivando a abordagem. No bolso da bermuda do rapaz havia duas
munições intactas de fuzil 2.23 e a chave de um carro.
O
acusado disse que “achou” os cartuchos de fuzil na rua. Quanto à chave, disse
que ela é de um carro guardado na garagem de sua casa, que fica na mesma
avenida, a um quarteirão do local da abordagem. No imóvel havia um Fiat Strada
Adventure preto, que pôde ser aberto e ligado com a chave encontrada com
Nathan.
O
automóvel é blindado e ostenta placa falsa do município de Americana (SP).
Porém, por meio da pesquisa do chassi, a equipe do Baep apurou que ele é
produto de furto, conforme boletim de ocorrência registrado no 16º DP de São
Paulo (Vila Clementino), no dia 20 de junho de 2017.
Atrás
do banco do carro havia uma mochila contendo o fuzil, mais 23 munições do mesmo
calibre 2.23 e quatro lacres intactos de contêineres. Alguns dos cartuchos são
traçantes, ou seja, indicados para disparos à noite ou em locais de pouca
visibilidade.
Confissão parcial
Ao
ser interrogado pelo delegado Thiago Nemi Bonametti, na Delegacia de Guarujá,
Nathan alegou ignorar a existência atrás do banco do veículo da mochila com a
arma, as munições e os lacres. Ele disse que retornava de uma “festa” quando
foi detido pelos PMs e negou portar no bolso da bermuda dois cartuchos de
fuzil.
Em
relação ao automóvel, o rapaz contou que ele lhe foi entregue há cerca de três
semanas por uma mulher, cujo nome não soube informar. De acordo com Nathan,
ambos se encontraram em uma festa e ficou combinado que ele ganharia a quantia
de R$ 3 mil para guardar o automóvel na sua garagem.
Bonametti
autuou Nathan pelo crime de posse ilegal de arma de fogo de uso restrito, que
passou a ser considerado hediondo pela Lei nº 13.497/ 2017. O delegado também
enquadrou o rapaz pelo delito de receptação, por causa da procedência ilícita
do Fiat Strada Adventure. O acusado foi recolhido à cadeia anexa ao 1º DP de
Guarujá.
Além
de apurar se o fuzil Colt M4 foi utilizado na execução do cabo Aldo, a Polícia
Civil também investiga a destinação que seria dada aos lacres. Narcotraficantes
internacionais costumam utilizá-los para fechar contêineres que violam para
ocultar cocaína no meio de cargas lícitas.
Fonte: Jornal A Tribuna - Santos
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