Ideia é que o
Seminário seja realizado em todas as regiões do País (Foto: Rogério Soares/AT)
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Seminário Regional de Segurança Pública Portuária aconteceu na semana passada, em Santos
Integrar
os diversos órgãos que atuam na Comissão Nacional de Segurança Pública nos
Portos, Terminais e Vias Navegáveis (Conportos) e, ainda, garantir uma maior
inteligência nas ações de combate a crimes nos complexos marítimos brasileiros
estão entre os objetivos do 1º Seminário Regional de Segurança Pública
Portuária. O evento aconteceu nesta semana em um hotel, em Santos.
A
Conportos é formada por representantes do Ministério Extraordinário da
Segurança Pública, do Ministério da Defesa (através do Comando da Marinha), do
Ministério da Fazenda, do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério
dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Em Santos, a coordenação dos trabalhos
é da Delegacia da Polícia Federal.
De
acordo com o presidente da Conportos, o delegado da Polícia Federal Marcelo
João da Silva, padronizar procedimentos é uma das principais metas da
organização. E a criação do seminário de Segurança Pública Portuária é uma das
ferramentas para alcançar esse objetivo.
“No
Brasil, com as dimensões continentais, a gente encontra singularidades locais.
E é muito difícil ter uma padronização de norte a sul. Mas podemos diminuir um
pouco o espaço, deixando mais profissional e mais técnico o trabalho das
Cesportos”, destacou o presidente da Comissão.
Segundo
o delegado, a ideia é que o Seminário de Segurança Pública Portuária seja
realizado em todas as regiões do País, principalmente no Norte, onde há a
preocupação com o crime organizado. O problema, neste caso, é a garantia de
recursos para a Comissão Nacional.
Por
isso, segundo Silva, o plano, ainda embrionário, é criar uma verba orçamentária
própria para a Conportos. Hoje, o orçamento da comissão está atrelado aos
recursos da Polícia Federal.
“A
ideia é criar um fundo financeiro para subsidiar as atuações. Mas, para isso,
precisamos melhorar muito a nossa performance, estar mais presente, realizar
ações de maneira mais técnica, com mais seminários e estar mais inseridos no
setor. Hoje, as Cesportos (Comissões Estaduaisl de Segurança Pública nos
Portos, Terminais e Vias Navegáveis) e a Conportos atuam de uma maneira um
tanto tímida. Duas são as palavras que elas têm que trabalhar: integração e inteligência”,
disse o delegado.
A
diretora-executiva da Polícia Federal, Silvana Borges, ressaltou a importância
estratégica dos portos brasileiros, constatada em sua visita às instalações do
Porto de Santos na última terça-feira. Ela também citou a necessidade de
aprimoramento de procedimentos para manter os portos nacionais seguros. “Basta
ler os jornais para verificar o quanto o crime organizado busca se infiltrar
nos portos, cabendo, portanto, ao segmento estatal de segurança pública,
exercer o seu papel de prover os meios para prevenção e repressão desses
crimes”, explicou.
Este
trabalho, segundo a diretora da Polícia Federal, deve ser conjunto e envolver,
também, os operadores portuários. “A realização desses seminários nos portos
brasileiros permitirá o conhecimento das melhores práticas de segurança pública
portuária. Eles viabilizarão a atualização do Plano Nacional de Segurança
Pública Portuária, bem como das resoluções da Conportos e de todos os
procedimentos de controle e fiscalização de responsabilidade da Cesportos”,
afirmou Silvana.
LEIA TAMBÉM:SEMINÁRIO REALIZADO PELA CONPORTOS TRAZ NOVAS PERPECTIVAS PARA A SEGURANÇA PORTUÁRIA
Presente
no evento, o diretor-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo
(Codesp), José Alex Oliva, destacou a necessidade de debater práticas seguras
no cais santista. “O objetivo é a segurança nos portos focando no cidadão,
porque a insegurança no Porto reflete diretamente no cidadão. E ele nem sempre
se dá conta da magnitude do Porto, da responsabilidade que ele tem e do quanto
isso afeta a vida dele”.
Reunindo
autoridades, empresários e especialistas do seto, o seminário também debateu a
capacitação e o treinamento de supervisores de segurança portuária e os marcos
regulatórios do setor, assim como a delegação de competências na segurança
portuária.
Fonte:
Jornal A Tribuna
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