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quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

PROTESTO NO EMBARQUE DE CARGA VIVA NO PORTO DE SANTOS




Guarda Portuária teve que intervir durante os protestos
Na manhã do último sábado (27), a Guarda Portuária do Porto de Santos, litoral de São Paulo, teve que intervir durante os protestos contra a liberação do embarque de bois pelo cais santista, organizado pela ONG Vegetarianismo Ético e Defesa dos Direitos dos Animais e Sociedade (VEDDAS). O protesto, que teve início por volta das 9h da manhã, se estendeu até o fim da tarde.
Operação



A operação de embarque no Navio Nada, com destino à Turquia, de 27 mil bois criados em fazendas localizadas em Altinópolis e Sabino, distantes 500 quilômetros do cais santista, teve início na tarde de sexta-feira (26).
O embarque ocorreu um dia após a Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP) autorizar a retomada das operações com cargas vivas, após aval da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (ANTAQ). Além do órgão, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), deu aval para a operação.
A suspensão da atividade ocorreu temporariamente pela Autoridade Portuária enquanto a ANTAQ avaliava a legalidade da operação. A decisão ocorreu como "medida preventiva", informou a Codesp em 12 de janeiro, em razão de um processo ainda estar em tramitação no órgão regulador do setor.
Guarda Portuária

Na manifestação, que ocorreu em frente ao Terminal Ecoporto, os ativistas tentaram impedir a entrada dos caminhões que transportavam os animais, estendendo faixas, e chegando até mesmo a se deitar na pista, e a ação precisou de intervenção da Guarda Portuária para a liberação do acesso ao Terminal.
De acordo com a ativista Dafne Jaune, do grupo Vox Vegan, o objetivo foi conseguir provas de maus-tratos cometidos contra os bois durante o embarque. Assim, eles poderão usar as imagens no processo que movem contra a Codesp, Ecoporto, Ministério Público, Governo do Estado e Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq).
Prefeitura multa a empresa


Na terça-feira (30), a Prefeitura de Santos multou a empresa Minerva Foods, responsável pela exportação dos bois, em R$ 1.469.118, por irregularidades no transporte dos animais até o porto.
Uma blitz, atendendo ao apelo de ativistas, realizada fora da área federal, no trajeto ao Porto de Santos, com a participação de agentes da Guarda Municipal e fiscais da Secretaria de Meio Ambiente, com veterinários, constatou que "houve maus-tratos aos animais durante o transporte", e que a empresa também errou "ao despejar dejetos animais em via pública, contaminando a rede de drenagem", infringindo o código de posturas do município.
Nota da Minerva
A Minerva Foods informa que o processo de exportação de bois vivos segue "todos os procedimentos para preservar o bem-estar dos animais durante o embarque e no decorrer da viagem até o destino". A firma diz ainda que os veículos utilizados até o porto são lavados desinfetados antes do carregamento.


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