Guarda
Portuária teve que intervir durante os protestos
Na
manhã do último sábado (27), a Guarda Portuária do Porto de Santos, litoral de
São Paulo, teve que intervir durante os protestos contra a liberação do
embarque de bois pelo cais santista, organizado pela ONG Vegetarianismo Ético e
Defesa dos Direitos dos Animais e Sociedade (VEDDAS). O protesto, que teve
início por volta das 9h da manhã, se estendeu até o fim da tarde.
A
operação de embarque no Navio Nada, com destino à Turquia, de 27 mil bois criados
em fazendas localizadas em Altinópolis e Sabino, distantes 500 quilômetros do
cais santista, teve início na tarde de sexta-feira (26).
O
embarque ocorreu um dia após a Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP)
autorizar a retomada das operações com cargas vivas, após aval da Agência
Nacional de Transporte Aquaviário (ANTAQ). Além do órgão, o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Vigilância
Agropecuária Internacional (Vigiagro), deu aval para a operação.
A
suspensão da atividade ocorreu temporariamente pela Autoridade Portuária
enquanto a ANTAQ avaliava a legalidade da operação. A decisão ocorreu como
"medida preventiva", informou a Codesp em 12 de janeiro, em razão de
um processo ainda estar em tramitação no órgão regulador do setor.
Guarda Portuária
Na
manifestação, que ocorreu em frente ao Terminal Ecoporto, os ativistas tentaram
impedir a entrada dos caminhões que transportavam os animais, estendendo
faixas, e chegando até mesmo a se deitar na pista, e a ação precisou de intervenção
da Guarda Portuária para a liberação do acesso ao Terminal.
De
acordo com a ativista Dafne Jaune, do grupo Vox Vegan, o objetivo foi conseguir
provas de maus-tratos cometidos contra os bois durante o embarque. Assim, eles
poderão usar as imagens no processo que movem contra a Codesp, Ecoporto,
Ministério Público, Governo do Estado e Agência Nacional de Transporte
Aquaviário (Antaq).
Prefeitura multa a empresa
Na
terça-feira (30), a Prefeitura de Santos multou a empresa Minerva Foods,
responsável pela exportação dos bois, em R$ 1.469.118, por irregularidades no transporte
dos animais até o porto.
Uma
blitz, atendendo ao apelo de ativistas, realizada fora da área federal, no
trajeto ao Porto de Santos, com a participação de agentes da Guarda Municipal e
fiscais da Secretaria de Meio Ambiente, com veterinários, constatou que
"houve maus-tratos aos animais durante o transporte", e que a empresa
também errou "ao despejar dejetos animais em via pública, contaminando a
rede de drenagem", infringindo o código de posturas do município.
Nota da Minerva
A
Minerva Foods informa que o processo de exportação de bois vivos segue
"todos os procedimentos para preservar o bem-estar dos animais durante o
embarque e no decorrer da viagem até o destino". A firma diz ainda que os
veículos utilizados até o porto são lavados desinfetados antes do carregamento.
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