Está
programada uma Greve de Advertência de 24 horas dos funcionários da Companhia Docas
do Rio de Janeiro – CDRJ, combinada com Operação Padrão da Guarda Portuária, com início às 07h00 do dia 19/08 e término as
07h00 do dia 20, que afetará os portos do Rio de Janeiro e Itaguaí. Segundo
informações, a greve da administração se estenderá até o dia 21/08.
Essa
greve de advertência foi motivada, porque a direção da CDRJ se nega a reabrir
as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho, uma ferramenta que propicia
benefícios além da CLT aos funcionários da estatal. Segundo relatos, a direção
da CDRJ não avançou nas negociações e se fechou para discussão com sindicato de
questões simples de serem resolvidas.
A
Guarda Portuária informa que,
durante a Greve de Advertência, manterá seu contingente total nos portos (sem
redução de pessoal) visando apenas garantir a segurança patrimonial e que a
Operação Padrão visa tão somente trazer impactos às operações portuárias,
tornando mais lento o procedimento de entrada de caminhões nos portos.
Como
esse tipo de paralisação acontece praticamente todos os anos, será necessária a
cooperação das transportadoras rodoviárias no sentido de evitarem agendamentos
para entrega e/ou retirada de cargas e containers no dia 19/08, principalmente
no Porto do Rio de Janeiro, cuja região encontra-se muito afetada pelas obras
do Porto Maravilha, que contempla a derrubada do viaduto da Perimetral e o
consequente fechamento da Avenida Rodrigues Alves, dificultando os acessos ao
Centro.
Nos
casos em que os vencimentos das armazenagens de importação e deadlines de
exportação estiverem vencendo no dia da Greve de Advertência, sugerimos evitar
os agendamentos nos períodos de pico (manhã e final de tarde), bem como
utilizar, preferencialmente, o novo acesso pelo viaduto de Benfica, para que se
chegue aos Tecons pelo bairro do Caju, aliviando o cúmulo de veículos na
Avenida Rio de Janeiro e os impactos ao portão 24, que quase foi fechado no ano
passado. Pedimos aos usuários exportadores e importadores que conversem com
seus transportadores. Aos terminais, pedimos tolerância e razoabilidade com
eventuais atrasos e maior disponibilização de janelas fora dos horários de
pico.
Mais
uma vez a CDRJ dá sinais, cada vez mais fortes, de que precisa sofrer um choque
de gestão, vez que o falido modelo atual, tolhe seus funcionários, os impede de
desenvolver algo positivo para os portos do Rio e, consequentemente forma uma
massa de pessoas insatisfeitas dentro da estatal. Nesse modelo de gestão, que
se repete por todo Brasil, que tem origem no governo Federal, que visa sempre o
politicamente viável, a CDRJ, assim como outras Docas, se torna cada vez mais
prejudicial à eficiência dos nossos portos, atrapalhando em demasia a vida dos
terminais e, consequentemente, dos usuários.
Infelizmente,
estamos em um sistema em que os terminais do Rio e de Itaguaí investem bilhões
em obras de expansão, equipamentos, tecnologias, para receber como
contrapartida essa péssima administração portuária.
Aliás,
a coisa anda tão feia na CDRJ que nem um simples concurso passa despercebido e
é denunciado ao Ministério Publico Federal. Aqui, deixamos bem claro que não
condenamos os funcionários da estatal, mas sim, os gestores da empresa.
Todo
ano a história se repete e parece não ter fim. Todo ano temos greves e Operação Padrão da Guarda Portuária. Esse
verdadeiro saco sem fundo de problemas que se tornou a CDRJ, parece não querer
dialogar com seus funcionários, obrigando-os fazer greve.
Para
os usuários, para a sociedade de maneira geral, é vergonhoso ver uma empresa
estatal nessa situação vexatória. É impressionante ver como a imagem da
“Autoridade Portuária” está desgastada em todos os setores eficientes do
comércio exterior, pelo menos os que não têm interesse em fazer política com a
companhia para obter vantagens.
Vale
lembrar que, do dia 28 de julho ao dia 09 de agosto o Porto do Rio de Janeiro,
graças a uma decisão insana da CDRJ, teve seus acessos aquaviários fechados
durante 06 horas por dia para realização do evento-teste das regatas olímpicas,
passando por cima das autoridades da SEP e da ANTAQ, em uma evidente
demonstração de desrespeito a esses órgãos.
Fonte:
UPRJ – Site dos Usuários do Porto do Rio de Janeiro
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