O socorro foi imediatamente acionado (Foto:Seg.Port.EmFoco)
O
lutador de jiu-jitsu Renato Salvino, de 37 anos, conhecido como Renato
Gardenal, morreu, por volta das 15h45 deste sábado (12), após a moto aquática Hulck que ele pilotava, colidiu com a embarcação Fabiana XXVII no Porto de Santos, no litoral de São
Paulo. O acidente aconteceu na altura do Terminal 37, da Libra Terminais. Duas
pessoas que estavam a bordo da lancha tiveram ferimentos leves.
Renato Gardenal (Foto: Arquivo Pessoal- G1)
Renato
Gardenal era um conhecido lutador de jiu-jitsu. Ele era dono de uma academia em
São Paulo e praticante do esporte há mais de 10 anos. A esposa de Gardenal, a
modelo Caroline Casadei, foi campeã brasileira de jiu-jitsu em 2013 e já chegou
a participar de programas como a Turma do Didi, da TV Globo. Ele deixa uma
filha de pouco mais de dois anos fruto do relacionamento com a modelo.
Segundo
informações da Guarda Portuária em
Santos, o lutador não conseguiu desviar a moto aquática e acabou colidindo com
uma lancha que fazia a travessia de passageiros entre as duas margens no canal
do Porto de Santos.
Segundo
a Polícia Civil, cinco motos aquáticas passavam perto do barco no momento do
acidente, sendo que uma delas era pilotada pelo lutador. Ele chegou a ser socorrido
por um dos ocupantes de outra embarcação que vinha logo atrás, mas não resistiu
aos ferimentos e acabou morrendo antes de ser levado ao hospital.
Um
amigo de Salvino conversou com a equipe do G1 logo após o acidente e afirmou
que o grupo passava o fim de semana em Guarujá. "Ele estava atrás da
gente. Começou a demorar em nos encontrar e, quando olhei para trás, o acidente
já tinha acontecido. Ele tinha habilitação. Foi uma fatalidade", disse o
rapaz, que preferiu não se identificar.
A moto aquática teve a sua frente bastante avariada (Foto:Seg.Port.EmFoco)
Em
nota, a Capitania dos Portos do Estado de São Paulo afirma que instaurou um
inquérito sobre o assunto. O prazo de conclusão é de até 90 dias e o inquérito
apurará as causas determinantes do acidente, bem como os possíveis
responsáveis.
testemunhas
Os
portuários Rogério França Gama e Luciano de Lima Galvão estavam próximos ao
local do acidente (Foto:G1)
Dois
portuários que estavam trabalhando em um terminal no Porto de Santos
testemunharam o acidente. Segundo as testemunhas, Salvino foi arremessado para
longe da moto aquática e, aparentemente, estaria disputando uma corrida.
Os
portuários Rogério França Gama e Luciano de Lima Galvão estavam próximos ao
local do acidente. Eles trabalhavam na retirada de castanhas de um contêiner
dentro de um terminal portuário quando a moto aquática colidiu com a
embarcação. “Quando encostou na lancha, ele saiu voando e, em seguida, os
outros caras foram embora. O outro barco que vinha atrás parou e percebeu o
acidente. Um rapaz se jogou na água para tentar salvar ele. Outras pessoas que
estavam na barca ajudaram e a lancha que bateu deu a volta.
Em
seguida, Gama falou para o amigo portuário, que estava ao seu lado, sobre o
acidente. “Ele me chamou e eu vi o aglomerado de pessoas. Consegui ver que foi
um acidente mesmo. Acho que foi imprudência do rapaz da moto aquática porque,
pelo que falaram, ele passou bem colado com a travessia das barcas. Foi um
choque. Não esperávamos isso”, lamenta.
Gama
conta ainda que viu as motos aquáticas passando perto da lancha antes de
acontecer o acidente. "Eu vejo de vez em quando essas motos, mas essas
passaram pelo mar apostando corrida", afirma.
Piloto de embarcação depõe e diz
que lutador morto foi imprudente
O
piloto da lancha, afirmou em depoimento para a polícia que o atleta foi
imprudente ao desrespeitar a preferência de navegação da lancha.
Câmeras
de monitoramento da Guarda Portuária gravaram o momento do acidente e devem
ajudar nas investigações.
Segundo
a Capitania dos Portos, o acidente aconteceu por volta das 15h45, no canal de
acesso ao Porto de Santos, perto do armazém 32 e 33. Os peritos constataram que
a embarcação conduzia passageiros de Santos para Guarujá e a moto aquática
deslocava-se em direção a São Vicente, saindo do canal, junto com outras motos
aquáticas, quando aconteceu o acidente.
Após
o acidente, os marinheiros e os amigos do lutador prestaram depoimento no 1º
Distrito Policial de Santos. Chrystian Santana, de 25 anos, era o marinheiro
que dirigia a embarcação atingida pela moto aquática pilotada por Gardenal. O
marinheiro disse à polícia que o lutador foi imprudente e estava desrespeitando
a preferência da lancha que vinha a direita. Ele disse ainda que algumas motos
aquáticas passaram pela proa, outras pela popa, até que a de Renato acertou o
barco em cheio.
Funcionários do Serviço de Atendimento Médico de Urgência
(SAMU) tentaram reanimar o lutador durante 40 minutos (Foto:Seg.Port.EmFoco)
Depois,
Santana disse que outra lancha, igual a dele, que vinha logo atrás, retirou o
lutador da água. Funcionários do Serviço de Atendimento Médico de Urgência
(SAMU) tentaram reanimar o lutador durante 40 minutos no posto de atracação das
lanchas, mas não conseguiram e ele morreu em decorrência dos ferimentos.
Um
dos amigos de Renato, que estava em outra moto aquática durante o acidente,
também prestou depoimento na delegacia. Ele era o dono da moto aquática que
Gardenal dirigia. No boletim de ocorrência, o amigo afirma que não viu o
lutador ingerir bebida alcoólica e que Gardenal tinha habilitação para dirigir
o veículo. Mas, até a noite deste sábado, o documento ainda não tinha sido
apresentado na delegacia.
Segundo
o inspetor Walmir Pinto de Souza, da Guarda
Portuária, ainda não é possível saber a velocidade da moto aquática na hora
do acidente. “A gente não tem como apurar. Vamos aguardar o inquérito que vai
ocorrer da Capitania dos Portos”, afirma. A moto aquática foi encaminhada para
a Capitania dos Portos. De acordo com o inspetor, a lancha vai continuar no local
e, quando for requisitada, os donos vão conduzi-la a Capitania dos Portos.
Fonte:
G1
Edição:
Segurança Portuária Em Foco
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