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domingo, 13 de abril de 2014

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MOTO AQUÁTICA COLIDE COM EMBARCAÇÃO NO PORTO DE SANTOS



O socorro foi imediatamente acionado (Foto:Seg.Port.EmFoco)


O lutador de jiu-jitsu Renato Salvino, de 37 anos, conhecido como Renato Gardenal, morreu, por volta das 15h45 deste sábado (12), após a moto aquática Hulck que ele pilotava, colidiu com a embarcação Fabiana XXVII no Porto de Santos, no litoral de São Paulo. O acidente aconteceu na altura do Terminal 37, da Libra Terminais. Duas pessoas que estavam a bordo da lancha tiveram ferimentos leves.

 Renato Gardenal (Foto: Arquivo Pessoal- G1)

Renato Gardenal era um conhecido lutador de jiu-jitsu. Ele era dono de uma academia em São Paulo e praticante do esporte há mais de 10 anos. A esposa de Gardenal, a modelo Caroline Casadei, foi campeã brasileira de jiu-jitsu em 2013 e já chegou a participar de programas como a Turma do Didi, da TV Globo. Ele deixa uma filha de pouco mais de dois anos fruto do relacionamento com a modelo.

Segundo informações da Guarda Portuária em Santos, o lutador não conseguiu desviar a moto aquática e acabou colidindo com uma lancha que fazia a travessia de passageiros entre as duas margens no canal do Porto de Santos.

Segundo a Polícia Civil, cinco motos aquáticas passavam perto do barco no momento do acidente, sendo que uma delas era pilotada pelo lutador. Ele chegou a ser socorrido por um dos ocupantes de outra embarcação que vinha logo atrás, mas não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo antes de ser levado ao hospital.

Um amigo de Salvino conversou com a equipe do G1 logo após o acidente e afirmou que o grupo passava o fim de semana em Guarujá. "Ele estava atrás da gente. Começou a demorar em nos encontrar e, quando olhei para trás, o acidente já tinha acontecido. Ele tinha habilitação. Foi uma fatalidade", disse o rapaz, que preferiu não se identificar.

 A moto aquática teve a sua frente bastante avariada (Foto:Seg.Port.EmFoco)

Em nota, a Capitania dos Portos do Estado de São Paulo afirma que instaurou um inquérito sobre o assunto. O prazo de conclusão é de até 90 dias e o inquérito apurará as causas determinantes do acidente, bem como os possíveis responsáveis.

testemunhas

 Os portuários Rogério França Gama e Luciano de Lima Galvão estavam próximos ao local do acidente (Foto:G1)

Dois portuários que estavam trabalhando em um terminal no Porto de Santos testemunharam o acidente. Segundo as testemunhas, Salvino foi arremessado para longe da moto aquática e, aparentemente, estaria disputando uma corrida.

Os portuários Rogério França Gama e Luciano de Lima Galvão estavam próximos ao local do acidente. Eles trabalhavam na retirada de castanhas de um contêiner dentro de um terminal portuário quando a moto aquática colidiu com a embarcação. “Quando encostou na lancha, ele saiu voando e, em seguida, os outros caras foram embora. O outro barco que vinha atrás parou e percebeu o acidente. Um rapaz se jogou na água para tentar salvar ele. Outras pessoas que estavam na barca ajudaram e a lancha que bateu deu a volta.

Em seguida, Gama falou para o amigo portuário, que estava ao seu lado, sobre o acidente. “Ele me chamou e eu vi o aglomerado de pessoas. Consegui ver que foi um acidente mesmo. Acho que foi imprudência do rapaz da moto aquática porque, pelo que falaram, ele passou bem colado com a travessia das barcas. Foi um choque. Não esperávamos isso”, lamenta.

Gama conta ainda que viu as motos aquáticas passando perto da lancha antes de acontecer o acidente. "Eu vejo de vez em quando essas motos, mas essas passaram pelo mar apostando corrida", afirma.

Piloto de embarcação depõe e diz que lutador morto foi imprudente

O piloto da lancha, afirmou em depoimento para a polícia que o atleta foi imprudente ao desrespeitar a preferência de navegação da lancha.

Câmeras de monitoramento da Guarda Portuária gravaram o momento do acidente e devem ajudar nas investigações.

Segundo a Capitania dos Portos, o acidente aconteceu por volta das 15h45, no canal de acesso ao Porto de Santos, perto do armazém 32 e 33. Os peritos constataram que a embarcação conduzia passageiros de Santos para Guarujá e a moto aquática deslocava-se em direção a São Vicente, saindo do canal, junto com outras motos aquáticas, quando aconteceu o acidente.

Após o acidente, os marinheiros e os amigos do lutador prestaram depoimento no 1º Distrito Policial de Santos. Chrystian Santana, de 25 anos, era o marinheiro que dirigia a embarcação atingida pela moto aquática pilotada por Gardenal. O marinheiro disse à polícia que o lutador foi imprudente e estava desrespeitando a preferência da lancha que vinha a direita. Ele disse ainda que algumas motos aquáticas passaram pela proa, outras pela popa, até que a de Renato acertou o barco em cheio.

 Funcionários do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) tentaram reanimar o lutador durante 40 minutos (Foto:Seg.Port.EmFoco)

Depois, Santana disse que outra lancha, igual a dele, que vinha logo atrás, retirou o lutador da água. Funcionários do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) tentaram reanimar o lutador durante 40 minutos no posto de atracação das lanchas, mas não conseguiram e ele morreu em decorrência dos ferimentos.

Um dos amigos de Renato, que estava em outra moto aquática durante o acidente, também prestou depoimento na delegacia. Ele era o dono da moto aquática que Gardenal dirigia. No boletim de ocorrência, o amigo afirma que não viu o lutador ingerir bebida alcoólica e que Gardenal tinha habilitação para dirigir o veículo. Mas, até a noite deste sábado, o documento ainda não tinha sido apresentado na delegacia.

Segundo o inspetor Walmir Pinto de Souza, da Guarda Portuária, ainda não é possível saber a velocidade da moto aquática na hora do acidente. “A gente não tem como apurar. Vamos aguardar o inquérito que vai ocorrer da Capitania dos Portos”, afirma. A moto aquática foi encaminhada para a Capitania dos Portos. De acordo com o inspetor, a lancha vai continuar no local e, quando for requisitada, os donos vão conduzi-la a Capitania dos Portos.



Fonte: G1

Edição: Segurança Portuária Em Foco






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