O
Engenheiro Renato Barco não é mais o presidente da Companhia Docas do Estado de
São Paulo (Codesp). A exoneração foi definida no início da noite desta
quinta-feira, em Brasília, pelo ministro da Secretaria de Portos, Antonio
Henrique Silveira. Barco, que ocupava o cargo desde agosto de 2012, será
substituído por Angelino Caputo e Oliveira, membro do Conselho de Administração
(Consad) da estatal.
A
troca de comando na Autoridade Portuária de Santos será oficializada na manhã
desta sexta-feira durante a reunião do Consad. O novo presidente da Codesp
assume o cargo pouco mais de seis meses após ser designado conselheiro da
empresa quando, em outubro de 2013, assumiu a vaga do ex-diretor da Agência
Nacional de Águas (ANA), Paulo Vieira, destituído do cargo em decorrência das
irregularidades apontadas pela Polícia Federal na chamada Operação Porto
Seguro.
Para
o presidente do Sindaport, Everandy Cirino dos Santos, a substituição evidencia
a intenção do ministro de Portos em promover uma profunda reestruturação
organizacional no alto escalão da Codesp. "O Renato Barco tem todo o nosso
respeito e a nossa admiração, mas encaramos sua saída, assim como a de outros,
como um processo natural de renovação em termos de administração publica".
Na
opinião do sindicalista, novas mudanças deverão acontecer brevemente.
"Para mim não existe a menor dúvida de que a reforma administrativa já é
uma realidade e deverá trazer uma nova dinâmica na política de gestão da
companhia Docas paulista". Cirino avalia que os primeiros sinais de
mudanças puderam ser notados com a chegada do novo diretor de Planejamento
Estratégico e Controle da estatal, Luís Cláudio Santana Montenegro, em meados
do mês passado.
Segundo
o líder sindical, Montenegro recebeu do ministro a incumbência de apresentar um
novo modelo administrativo para a Codesp. "Ele chegou com carta branca e
total autonomia para fazer um verdadeiro raio-x da empresa, podendo inclusive
interferir no cotidiano das outras diretorias no sentido de obter informações,
subsídios e dados necessários", salientou o presidente do Sindaport.
Ao
assumir a Secretaria de Portos, no início de outubro do ano passado, Antonio Henrique
Silveira ordenou aos técnicos da pasta a elaboração de estudos e projetos
visando implementar diretrizes inovadoras nas gestões dos portos públicos.
"As Docas vão ter novo modelo de gestão", disse ele após a cerimônia
de posse já como homem de confiança do Governo Dilma.
O
representante dos trabalhadores acredita que o aspecto confiabilidade será
preponderante no processo de reformulação na direção da Codesp. "É óbvio
que além do preparo e da qualificação profissional, a confiança é de fundamental
importância para o sucesso de uma boa gestão, seja ela pública ou
privada", salientou Cirino, que acredita em uma nova realidade para a
estatal a partir do dinamismo e das inovações provocadas pela dança de
cadeiras.
Apesar
de otimista, o dirigente sindical pede que os novos gestores tenham total
confiança nos empregados da Codesp por conta das transformações que deverão ser
implementadas no cotidiano da empresa. Por outro lado, salienta que qualquer
mudança, "ainda que gradativa", observou, requer tempo para
maturação. "É importante que sejam implementadas paulatinamente para que
os objetivos sejam alcançados sem traumas para os companheiros, principalmente
para os que ocupam cargos de mando", afirmou.
Everandy
Cirino sugere que o quesito confiança também seja levado em consideração pelo
novo mandatário da Autoridade Portuária na questão dos "supostos
colaboradores" que ingressaram na estatal através de indicações
político-partidárias. "Reitero que devem acompanhar seus padrinhos e
seguirem os mesmos caminhos, até porque ocupam vagas de pessoas que
efetivamente fizeram por merecê-las através de concurso público".
A
insatisfação das lideranças sindicais foi levada ao conhecimento do diretor de
Planejamento Estratégico em reunião realizada na sede do Sindaport.
"Elencamos os nomes, cargos e funções ocupadas por esses abençoados, bem
como de todos aqueles que os indicaram, os quais, sem exceção, já se desligaram
ou foram desligados da Codesp". Sobre o tema, Cirino disse que o pedido de
providências feito a Montenegro será renovado ao novo presidente da Codesp,
Angelino Caputo.
O
resgate da autonomia da Autoridade Portuária de Santos é outra aposta do
sindicalista. "A Codesp precisa retomar seu lugar de destaque no cenário
nacional e creio que o ministro está ciente disso, até porque escolheu
justamente o nosso porto para dar início às mudanças que pretende para o setor.
Desejamos sucesso ao novo presidente, que certamente jogará no time dos
trabalhadores por ser um grande corintiano, ressaltando que as portas do
Sindaport estarão abertas para recebê-lo", concluiu o representante
majoritário dos empregados da Codesp.
Perfil profissional do novo
comandante da Codesp
Angelino
Caputo e Oliveira é engenheiro eletricista formado pela Universidade de
Brasília (UnB), com MBA em Administração Estratégica de Sistemas de Informações
pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e MBA em Engenharia de Redes de Computadores
pela Escola Politécnica da USP.
Já
atuou como analista de TI e gerente executivo no Banco do Brasil e trabalhou
como regulador do mercado de telecomunicações via satélite na Anatel. Foi
também Engenheiro de Telecomunicações na Rhede Tecnologia, Engenheiro
Eletricista na STD - Sistemas Técnicos Digitais S/A e estagiário de Engenharia
Elétrica na TELEBRAS.
Possui
grande experiência em planejamento estratégico e coordenação de grandes
projetos de modernização tecnológica. Atualmente vem desenvolvendo propostas
para a modernização dos processos portuários brasileiros. No Consad Angelino
Caputo vinha ocupando a vaga destinada ao Ministério dos Transportes por
indicação da Casa Civil da Presidência da República, onde exerce o cargo de
assessor especial.
EXPERIÊNCIA
Assessor
Especial
Casa Civil - Presidência da
República
Outubro de 2013 – Presente
Conselheiro de Administração
CODESP - Companhia Docas do
Estado de São Paulo
Outubro de 2013 – Presente
Gerente Executivo
Banco do Brasil
2002 – Outubro de 2013
Planejamento Estratégico,
modernização e aquisição de produtos e serviços de Infraestrutura de TI, Redes
e Telecomunicações. Coordenação do processo de outsourcing da rede privativa de
telecom do BB. Definição da Arquitetura Corporativa de TI. PMO e coordenação de
projetos para a área de varejo bancário e definição de novas estratégias para
clientes varejo.
Analista de TI
Banco do Brasil
1984 – 2002
Atividades técnicas
relacionadas à Tecnologia da Informação, Redes, Telecomunicações e Governança
de TI. Diversos prêmios de melhores soluções tecnológicas para bancos em
congressos patrocinados pela Febraban.
Regulador do mercado de
telecomunicações via satélite
Anatel
1999 – 2000
Estudos sobre a destinação
de posições orbitais brasileiras e coordenação operacional do C-INI - Comitê
para a Infraestrutura Nacional de Informações.
Engenheiro de
Telecomunicações
Rhede Tecnologia
1989 – 1991
Engenharia de testes e
controle de qualidade no processo industrial de fabricação de equipamentos para
comunicação de dados - modems.
Engenheiro Eletricista
STD - Sistemas Técnicos
Digitais S/A
1986 – 1988
Documentação e normas
técnicas para equipamentos de automação industrial.
Estagiário Engenharia
Elétrica
TELEBRAS
1984 – 1986
Instalação dos primeiros
entroncamentos de fibras ópticas do Brasil. Atuação no CNTr - Centro Nacional
de Treinamento da Telebras, no laboratório de fibras ópticas, apoiando a
capacitação de técnicos e engenheiros do sistema Telebras na caracterização, e
emendas de fibras ópticas.
FORMAÇÃO
ACADÊMICA
Fundação Getúlio Vargas /
FGV
Master of Business
Administration (MBA), AESI - Administração Estratégica se Sistemas de
Informação.
2004 – 2005
Universidade de São Paulo /
USP
Master of Business
Administration (MBA), Engenharia de Redes de Computadores
1998 – 1999
Universidade de Brasília
Bacharel, Engenharia
Elétrica
1981 – 1986
Fonte: Sindaport
So falta mudar no Pará. Vamos lá amigos, precisamos de toda ajuda possível.
ResponderExcluirAbç's