Escrivães,
agentes e papiloscopistas da Polícia Federal (PF) em São Paulo decidiram, em
assembleia, entrar em estado de greve – o que na prática significa que a
categoria continua trabalhando, mas está pronta para paralisar os trabalhos.
Segundo
Sindicato dos Servidores da Polícia Federal no Estado de São Paulo, os policiais
federais de 21 estados e do Distrito Federal estão em estado de greve e prometem,
a partir da próxima terça-feira, iniciar gradativamente paralisações e
manifestações por melhores condições de trabalho. Eles se queixam de falta de
estrutura, do baixo efetivo no estado, da evasão de servidores e do não
reconhecimento do ensino superior na carreira.
“O
Sindicato dos Servidores da Polícia Federal no Estado de São Paulo denunciou,
há mais de três anos, que a falta de estrutura e a falta de efetivo
comprometeriam a segurança durante a Copa. Estamos em 2014 e o governo não
tomou nenhuma medida para resolução deste problema”, disse a entidade em nota.
A
mobilização nacional, organizada pela Federação Nacional dos Policiais Federais
(Fenapef), visa garantir uma melhor estrutura de trabalho, aumento no efetivo,
redução da evasão de servidores, reconhecimento do ensino superior na carreira
e a valorização salarial.
Enquanto o dia da greve não chega, a categoria
promete outras ações para chamar a atenção do Governo às reivindicações. Em
Santos, o Sindicato dos Servidores da Polícia Federal (Sindipolf), que
representa cerca de 120 profissionais, define nesta sexta-feira as manifestações
que serão feitas.
“O
passaporte e o atendimento ao público não vai ser afetado. Nós vamos paralisar
o trabalho propriamente policial, das investigações e escolta de presos”, diz o
diretor do Sindipolf, Marco Antonio Costa.
Segundo
ele, essa manifestação não deve interferir muito nas atividades diárias dentro
do departamento. Entretanto o sindicalista comenta que haverá greve em outras
datas ainda não estabelecidas.
“Provavelmente
ainda em fevereiro teremos outra paralisação por dois dias, mas tudo isso vai
depender também de como vão caminhar as nossas conversas com o Governo”.
Adesão
Entre
os estados que resolveram participar da mobilização nacional estão: São Paulo,
Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, Goiás, Rio Grande
do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Roraima, Rondônia, Acre, Ceará,
Alagoas, Pernambuco, Sergipe, Paraíba, Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte.
No
Amapá, a assembleia para decretar o estado de greve foi cancelada devido o
baixo número de policiais. A previsão é de que os demais Estados realizem a
votação.
Apesar
da paralisação de um dia, as pessoas vão continuar sendo atendidas normalmente.
O serviço para a retirada de passaporte também não será afetado
Dia do Algemaço´
Os
agentes da Polícia Federal do estado de São Paulo “penduraram” as suas algemas
durante um protesto em frente à superintendência da instituição. A manifestação
batizada de “Dia do Algemaço” ocorreu também em outros estados.
O
ato de pendurar algemas, segundo o Sindpolf-SP, é alusivo ao “pendurar as
chuteiras” dos jogadores de futebol, representando o cansaço e a desmotivação
dos agentes, escrivães e papiloscopistas.
Fonte:
Jornal A Tribuna
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