A
Marinha do Brasil iniciou na segunda-feira (17) a Operação “Amazônia Azul”, uma
inédita e gigantesca mobilização, sob a coordenação do Comando de Operações
Navais, que tem como objetivos principais: intensificar a fiscalização do
cumprimento de leis e regulamentos e reprimir ilícitos de toda ordem nas Águas
Jurisdicionais Brasileiras (AJB), além de preparar o plano de segurança que
será implementado para a atuação da Força Naval na Copa do Mundo - FIFA 2014.
Para
sua execução está previsto o maior emprego simultâneo de meios e tropas
pertencentes à Marinha do Brasil já realizado nas AJB. Participam da Operação
cerca de 30 mil militares, 60 navios, 15 aeronaves e diversas embarcações das
Capitanias dos Portos, distribuídos por todo litoral nacional além das águas
interiores.
A Operação,
que acontece até o dia 22 de fevereiro, conta com a participação da Força Aérea
Brasileira (FAB) e de instituições como o Departamento de Polícia Federal, a
Secretaria de Receita Federal, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Petrobrás, a Transpetro e a Guarda
Portuária.
Durante
a operação, os navios e embarcações da Marinha realizarão ações de patrulha e
de inspeção naval na Amazônia Azul, rios e lagos brasileiros. Os Fuzileiros
Navais atuarão na defesa de portos, terminais petrolíferos de interesse e
plataformas de petróleo.
O
nome atribuído à Operação – Amazônia Azul – deve-se à importância que a Marinha
confere a esta imensa região marítima, situada na fronteira leste do Brasil,
cuja área e potenciais estratégicos e econômicos assemelham-se ao da Amazônia
verde, e pela qual todos os brasileiros têm a obrigação de zelar e proteger.
Pela
Amazônia Azul circulam 95% do nosso comércio exterior e dela extraímos
aproximadamente 90% da produção de petróleo. Da mesma forma, a pesca e a
presença de nódulos polimetálicos constituem outras fartas riquezas da Amazônia
Azul. Não obstante este rico patrimônio brasileiro, as ilhas de Trindade,
Fernando de Noronha e o Arquipélago de São Pedro e São Paulo constituem
importante fator estratégico de nossa Nação, a ser considerado e preservado.
Na
área de jurisdição do Comando do 2° Distrito Naval – com sede em Salvador e que
abrange Bahia, Sergipe, parte de Minas Gerais e Pernambuco – a operação contará
com cinco navios e 37 embarcações de inspeção naval, além de tropas de
Fuzileiros Navais, em um total de mais de 500 militares.
Apesar
de não serem banhados pelo mar, o Distrito Federal (DF) e o estado de Goiás
também estão no mapa da operação. Entre os dias 17 e 22 de fevereiro,
fuzileiros navais vão reforçar a fiscalização do tráfego aquaviário no Lago
Paranoá, no DF, e na região de Caldas Novas (GO). Nesses locais, a Polícia
Militar Ambiental e o Corpo de Bombeiros vão prestar apoio. Os condutores de
barcos, lanchas, moto aquática e outras embarcações, que não estiverem em dia
com suas documentações, poderão receber notificação, multa, ou ter a carteira e
a embarcação apreendidas.
Na
área de jurisdição da Capitania Fluvial do Araguaia-Tocantins, as ações das
equipes de inspeção naval concentrarão suas atividades nas regiões de Caseara e
Palmas.
Fonte:
Ministério da Defesa
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