“Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, não abriu a caixa preta da Libra Terminais”.
Libra T.33
O
mundo portuário nacional já sabe que uma dívida milionária da Libra Terminais
com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), autoridade portuária do
Porto de Santos (litoral paulista), rola por corredores brasilienses há muito
tempo, mesmo tendo uma decisão judicial favorável à Codesp. Todavia, não sabe
que essa mesma empresa recebeu mais um benefício de “pai para filho” dessa
mesma autoridade portuária.
Vamos
aos fatos.
1- A
Libra Terminais comprou o contrato da NST licitado com o objeto de movimentação
de açúcar, no armazém 33, no cais santista. Ato contínuo, com os “olhos e
coração” meigos da Codesp, a empresa não encontrou dificuldade para
desrespeitar a lei e mudar, sem licitação, o objeto do contrato em vigência de
terminal açucareiro para pátio de contêineres. Levando-se em conta a demanda do
mercado e sem necessidade de ser um grande matemático, dá para entender que a
Libra foi premiada com uma tremenda vantagem competitiva. Tinha apenas um
porém: ela estava obrigada a devolver para a Codesp os shiploaders para
carregamento de navios com açúcar.
2-
Com o início das obras para construção do pátio de contêineres, a Codesp
resolveu fazer um leilão desses equipamentos, mesmo sem ainda os ter recebido
de volta. Como o valor mínimo exigido de lance era muito acima do de mercado, a
oferta a menor da TGrão (Terminal de Graneis AS) foi rejeitada.
3- A
Libra ficou com esse equipamento de presente. E o que é pior: recentemente o
vendeu por preço inferior ao que foi ofertado pela TGrão. Alega que vai
instalar equipamento de maior valor para movimentação de contêineres.
Assusta
o mundo portuário e a sociedade imaginar qual tipo de “cordão umbilical” liga
tão fortemente a Codesp e a Libra Terminais. Enquanto isso, órgãos de
fiscalização em Brasília continuam sem ajustar adequadamente os binóculos em
direção ao maior porto do País e a boa prática pública fica a ver navios.
Fonte:
Portogente
O contrato do armazem 33 era da TEAG e não NST que é Arm. 31.
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