A
Polícia Federal desarticulou, na manhã da última quarta-feira (4), uma
quadrilha especializada no tráfico internacional de armas. O armamento saía de
Miami, nos Estados Unidos, dentro de contêineres com mudanças de brasileiros
que estavam retornando para o Brasil, chegava ao Porto de Santos, em São Paulo,
e tinha como destino final as favelas da Rocinha e do Vidigal, no Rio. Sete
mandados de prisão preventiva foram expedidos pela Justiça.
A
operação foi batizada de Bed bugs, em referência a um inseto também conhecido
como "percevejo da cama”, frequentemente encontrado nos Estados Unidos e
na Europa.
O
modus operandi da quadrilha desbaratada pela PF consistia no envio de fuzis de
grosso calibre dos Estados Unidos da América ao Brasil, via Porto de Santos. As
armas eram escondidas dentro de colchões que eram transportados em containers
que traziam a mudança de famílias brasileiras residentes nos Estados Unidos e
estavam regressando ao Brasil. No país, os criminosos retiravam as armas dos
colchões e as revendiam a traficantes de drogas das favelas brasileiras,
principalmente cariocas.
O
principal cliente dos traficantes de armas era o traficante Antônio Francisco
Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha. Durante as investigações, 22 fuzis 7.62 e 12
mil munições foram apreendidos. Ainda segundo a polícia, a quadrilha já mandou
para o Rio pelo menos 500 fuzis 7.62.
Sete
pessoas foram presas, sendo cinco no Brasil, quatro em Engenheiro Caldas e uma
em Governador Valadares, cidades do interior de Minas Gerais e duas nos Estados
Unidos. Os cinco detidos são conhecidos fazendeiros e comerciantes da região do
Vale do Rio Doce.
Os
presos foram indiciados pelo crime de tráfico internacional de arma de fogo e
pelo crime de formação de quadrilha e foram encaminhados à penitenciária de
Governador Valadares, onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.
As
investigações foram realizadas pela Polícia Federal em Minas Gerais, e contou
com o apoio da Delegacia da PF em Santos/SP e da Polícia Norte Americana,
inclusive, para a prisão dos dois criminosos que atuavam em território
americano. Com a ajuda da Interpol, outras duas pessoas estão sendo procuradas
nos Estados Unidos.
Fonte:
Polícia Federal / Jornal A Tribuna / G1 / Jornal O Globo
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