Na
última quinta-feira (15), 16 integrantes da Guarda Portuária, representando 07
portos (Santos (SP), Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Pernambuco, Paraná
e Rio Grande do Sul) estiveram reunidos em Brasília, com representantes da
Federação Nacional dos Portuários (FNP), para debater a regulamentação da
atividade.
O
evento foi participativo e atingiu o objetivo que era o de debater aprovar uma
proposta que será apresentada a Secretaria de Portos da Presidência da
República SEP/PR, cobrando o compromisso da participação dos trabalhadores na
regulamentação da Guarda Portuária em nível nacional.
Foram dois os eixos
centrais que nortearam as discussões, o combate veemente terceirização e a
busca pela profissionalização dos quadros de carreira.
Ao
final houve um consenso e a proposta a ser apresentada terá no máximo 12
artigos. Ela será analisada pelo departamento jurídico da FNP, antes de ser
encaminhada SEP/PR.
A
luta vai ser árdua, sabemos que a intenção de muitos é a terceirização e também
a manutenção de indicações políticas na Guarda Portuária.
Guterra quer afastar a possibilidade de terceirização
Os
trabalhadores reivindicam que a SEP/PR inclua no regramento a proibição de
terceirizar a atividade. “Queremos afastar a possibilidade de terceirização da
Guarda que é um risco à segurança dos portos brasileiros”, defendeu o
presidente da Federação Nacional dos Portuários, Eduardo Guterra.
Segundo
a Lei 12. 815/2013, que criou um novo marco regulatório para os portos, cabe à
administração do porto (autoridade portuária) organizar a Guarda Portuária,
conforme regulamentação a ser expedida pelo poder concedente, a SEP.
O
Regulamento a ser publicado vai dispor sobre as atribuições da Guarda como
fazer a segurança e vigilância portuária; orientar e fiscalizar a circulação de
veículos nas áreas do porto e de influência; controlar entrada e saída de
mercadorias e pessoas; elaborar, implementar, executar e manter o Plano de
Segurança Portuária.
Lei 12.815/13
A
Medida Provisória 595 publicada, em 6 de dezembro de 2012, para substituir a
Lei 8.630/93 (conhecida como Lei de Modernização dos Portos), não mencionava a
atuação da guarda portuária. Para os trabalhadores a falta de menção abria
portas para que a atividade fosse terceirizada.
Com
a mobilização das federações portuárias, centrais e sindicatos, os
trabalhadores conseguiram manter a guarda portuária na Lei 12.815 oriunda da MP
595.
Terceirização
Na
reunião desta quinta, os portuários discutiram também o Projeto de Lei
4330/2004 que é nocivo a todos os trabalhadores, inclusive das empresas
estatais, pois amplia sem limites a terceirização.
De
acordo com levantamento do Dieese a estimativa é que exista no Brasil cerca de
13 milhões de terceirizados, ou seja, aproximadamente 20% dos trabalhadores com
carteira assinada. Esses profissionais permanecem em média 3,2 anos a menos no
emprego, têm jornada semanal de três horas a mais e ganham 27% a menos. Além
disso, de cada 10 acidentes de trabalho, oito acontece entre os trabalhadores
terceirizados.
OS TRABALHADORES ESTÃO FAZENDO A PARTE QUE LHES CABE. RESTA SABER SE O GOVERNO DOS "TRABALHADORES". FARÁ COM A SUA, RESPEITANDO A MASSA QUE LHE ELEGEU.
ResponderExcluirATT
CILENO BORGES