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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

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BTP COMEÇA A OPERAR NO PORTO DE SANTOS




Terminal do BTP pode aumentar em quase 40% a capacidade do Porto.

Primeiro navio desembarcou 81 contêineres no terminal.

 

Um novo terminal começou a operar no Porto de Santos, no litoral de São Paulo, nesta quarta-feira (14). Com o novo equipamento, a capacidade de movimentação de cargas no cais santista pode aumentar em quase 40%. O primeiro navio a operar chegou no final da tarde e desembarcou 81 contêineres.

O mau tempo levou a Capitania dos Portos a proibir a navegação no canal do Porto durante toda a manhã. Por isso, a primeira embarcação a atracar no novo terminal chegou com um atraso de nove horas. O MSC Challenger desembarcou 81 contêineres e embarcou outros 220.

O novo equipamento do Brasil Terminal Portuário (BTP) deve operar parcialmente por algum tempo. “A instalação já está construída para a sua capacidade final. A inicial, parcial, se deve à questão da dragagem do canal principal, de responsabilidade da Secretaria Especial de Portos (SEP); e do acesso aos berços. Tanto a SEP como a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) indicam que elas estarão concluídas em outubro deste ano", explica o presidente do BTP Henry Robinson.

O novo terminal tem 500 funcionários, até o fim do ano deve contratar mais 240 e gerar 6.500 empregos indiretos. Assim que estiver operando totalmente, o equipamento poderá movimentar por ano até um milhão e duzentos mil contêineres. Isso representa um aumento de quase 40% na capacidade do Porto de Santos. "O crescimento esperado, de exportação e importação, se deve não só às cargas que já são tradicionais no contêiner, mas também ao desvio de outras mercadorias que não eram operadas em contêiner, e agora a gente vê essa migração”, diz Henry Robinson.

Para não causar filas no Porto, nem sobrecarregar os pátios reguladores, foi construído um estacionamento exclusivo para caminhões, com 90 vagas. O terminal também resolveu um problema antigo, a área de 490 mil metros quadrados onde está instalado era a do antigo lixão da Codesp. O trabalho de recuperação do solo demorou dois anos e meio. A licença de operação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) saiu no mês passado. Por segurança, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cestesb) vai monitorar o subsolo por mais dois anos.
 
Primeiro navio

Após realizar o embarque de 220 TEUs, o navio MSC Challenger, primeira embarcação comercial a operar na BTP deixou o terminal portuário. O navio, que atracou no final da tarde de ontem, desembarcou 81 TEUs.

A chegada das primeiras embarcações marca o início das operações parciais do terminal, que fica na região da Alemoa, na Margem Direita do Porto. A unidade só deverá operar a pleno vapor em outubro, quando está prevista a conclusão da dragagem de aprofundamento dos acessos a seus berços.

Enquanto isso, serão realizadas duas escalas semanais no cais da BTP. De acordo com o diretor-presidente da empresa, Henry James Robinson, os navios são da armadora MSC e farão a linha Costa Leste da América do Sul-Golfo do México-Mar Mediterrâneo. “Por enquanto temos esses dois contratos assinados com a MSC, mas ainda estamos estudando serviços adicionais e a contratação do serviço para o Norte da Europa e a costa leste americana. Mas é certo que já podemos operar com duas escalas a cada semana”, destacou.

Apesar de o terminal estar liberado para operar, as atracações que vão ocorrer até outubro terão restrições – relacionadas ao tamanho e ao calado das embarcações.

Segundo o presidente da BTP, apenas navios com até 277 metros de comprimento e 11,2 metros de calado poderão atracar na instalação. O MSC Challenger, de bandeira de Hong Kong, tem 233 metros de comprimento. Já o Adriatic, de bandeira alemã, mede 277 metros de comprimento.

Mesmo dentro dos limites, esses navios não vão utilizar toda a capacidade de carregamento nas operações. O primeiro motivo é a profundidade do canal de navegação (calha central) de Santos. Apesar de a dragagem de aprofundamento do Porto já ter sido concluída, os novos índices ainda não foram homologados pela Marinha – já que foram encontradas inconsistências na obra, custeada pela Secretaria de Portos (SEP). Além disso, ainda é necessário aprofundar o acesso aos novos berços da Alemoa (onde está o terminal). Neste caso, a obra está sob a responsabilidade da Codesp.

 

Fonte: G1 / Santos - Jornal A Tribuna











 
 
 
 
 

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