Hoje,
24 de julho de 2013 foi um dia para ficar marcado na história da Companhia
Docas do Pará.
Em
um ato ordeiro, organizado pelo Sindicato dos Portuário (Sindiporto) e Sindicato
da Guarda Portuária (Sindiguapor), mostrando um elevado nível de conhecimento
dos oradores, mostrando a coragem de todos os que se fizeram presentes, os
trabalhadores se concentraram em frente ao edifício sede, entre 8 e 10 horas,
fechando a avenida Presidente Vargas, para protestar contra a Diretoria da CDP,
em especial, contra o Diretor Presidente, pelo não cumprimento do Dissídio
Coletivo da Categoria, julgado em 09 de maio e publicado no dia 27 do mesmo
mês.
O
Dissídio determinou o realinhamento salarial dos empregados com base na tabela
adotada na CDP, tabela PUCS, a partir de junho de 2011, ensejando inclusive a
diferença salarial relativa ao não pagamento dos salários realinhados desde a
data citada até o mês atual.
Os
protestos pediram a saída de Carlos Ponciano, Diretor Presidente da CDP, que
adota uma política de terrorismo, através de demissões sucessivas e supressão
de direitos dos trabalhadores, garantidos em acordo coletivo. Ponciano também
responde a inquérito no Ministério Público, por improbidade administrativa.
Os
protestos também se voltaram contra dois arapongas, que apesar de serem
recentemente exonerados de seus cargos, continuam disseminando no âmbito da
Companhia que serão reconduzidos a cargos comissionados, mesmo sendo acusados e
respondendo a processos administrativos por crime contra a administração
pública e violação da vida e privacidade do Diretor Financeiro.
Enquanto
Leônidas Cristino, Ministro dos Portos foi ver o Papa no Rio de Janeiro, uma
moção de repúdio já com cerca de 150 assinaturas, está sendo feita pelas entidades
sindicais, e será enviada a Casa Civil e Presidência da República pedindo a
exoneração imediata desse presidente, caso contrário poderá ser deflagrada uma
greve geral por tempo indeterminado nos portos do Pará.
Paralização de 24 horas
Os
portuários ligados à Companhia Docas do Pará ameaçam paralisar, a partir de
amanhã (25), por 24 horas, as atividades em todos os portos do estado.
Caso
a estatal portuária não cumpra os pontos acertados durante o acordo coletivo de
2011, nova paralisação, de 72 horas, está prevista para o dia 29.
Entre
as reivindicações, respaldadas, segundo o Sindicato dos Portuários
(Sindiporto-PA), por um acórdão do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, está
a de piso salarial de R$ 900, com reajuste de 9,22% retroativo à data-base
iniciada em 1º de junho de 2011, auxílio-educação e pagamento de 50% da hora
normal para o profissional de informática que fica à disposição da empresa
depois do horário de trabalho.
“De
tudo o que foi acertado, o único ponto que eles cumpriram foi o reajuste do tíquete-alimentação”,
disse à Agência Brasil o presidente do Sindiporto-PA, Carlos Rocha.
Para
o presidente da Companhia Docas do Pará, Carlos Ponciano, há uma divergência de
interpretação sobre o que foi determinado pela Justiça. “Os trabalhadores
entendem que o percentual deveria ser aplicado em outros níveis salariais, além
do piso. Nós discordamos”, disse Ponciano.
A PARALISAÇÃO DO DIA 25, INFELIZMENTE, FOI SUSPENSA PELAS SINDICAIS, ACATANDO LIMINAR DA JUSTIÇA EM FAVOR DA CDP ENTREGUE NA TARDE DE ONTEM NOS SINDICATOS QUE DETERMINA 30.000,OO DE MULTA SE OS SINDICATOS NÃO MANTIVESSEM EM ATIVIDADE 80% DOS EMPREGADOS ESCALADOS POR TURNO DE SERVIÇO.
ResponderExcluirPORÉM, A LIMINAR, A MEU VER, SÓ TEM EFEITO PARA O DIA 24 DE JULHO, PORTANTO, A PARALISAÇÃO DE HOJE DEVERIA SER MANTIDA.
MAS, AS SINDICAIS PREFERIRAM NÃO ARRISCAR.
OS SINDICATOS TEM 05 DIAS PARA RECORRER.