Elias Carneiro - Presidente da Delegacia Sindical - Santos fala da preocupação com a MP e o Decreto
O 2º
vice-presidente do Sindifisco Nacional, Sérgio Aurélio Velozo Diniz, levou a
preocupação da DEN (Diretoria Executiva Nacional) com o Decreto 7.861/12 e a MP
(Medida Provisória) 595/12 (MP dos Portos) ao coordenador-geral de
Administração Aduaneira, Auditor-Fiscal Dario da Silva Brayner, na quinta-feira
(14/3), em Brasília (DF). A MP dispõe sobre a exploração direta e indireta,
pela União, de portos e instalações portuárias e sobre as atividades
desempenhadas pelos operadores portuários.
O
decreto institui a Conaportos (Comissão Nacional das Autoridades nos Portos) e
a atuação integrada dos órgãos e entidades públicos nos portos. Para Sérgio
Aurélio, ambos têm redações falhas, subtraem prerrogativas dos
Auditores-Fiscais da RFB (Receita Federal do Brasil) e entregam a administração
tributária a entes privados. “As medidas subordinam, restringem e retiram poder
da Receita, deixando-a a mercê de outros órgãos, ferindo o sigilo e criando
metas para os Auditores. Não vamos abrir mão das nossas atribuições”, disse o
sindicalista.
A
preocupação foi corroborada pelo diretor de Defesa Profissional do Sindifisco
Nacional, Dagoberto Lemos; pelo diretor de Relações Internacionais da entidade,
Fábio Galízia; pela diretora-adjunta de Estudos Técnicos do Sindicato, Bette
Maria; pelo assistente do Inspetor da Alfândega do Porto de Santos,
Auditor-Fiscal Antonio Russo Filho; pelo presidente da DS (Delegacia Sindical)
Santos (SP), Elias Carneiro; e pelo presidente da DS/Amazonas, Eduardo Toledo.
O
coordenador-geral de Administração Aduaneira, Dario Brayner, afirmou que também
recebeu a MP e o decreto com preocupação, mas acredita que a medida não vai
retirar a precedência que a Receita tem sobre os demais órgãos nos portos,
porque isso é constitucional. Ele também aposta nas relações já maduras entre
Receita e demais órgãos nos portos e disse que como integrante do comitê que
vai elaborar o regimento da Conaportos, vai lutar por questões que são caras a
todos que compõem a RFB, especialmente, a Aduana.
Dario
Brayner concordou com Sérgio Aurélio de que não existe "receita" para
fiscalização, muito menos a pretexto de celeridade, como pretendem a MP e o
decreto. “Bom trabalho não significa trabalho rápido”, disse Sérgio Aurélio,
que está preocupado com a transferência de autoridade para entes que sequer
conhecem a importância que tem a Aduana para o país.
Seminário
Para
discutir o tema, o Sindifisco Nacional está elaborando um seminário
internacional. O diretor de Relações Internacionais, Fábio Galízia, convidou
Dario e pediu para que cada painel do evento contasse, pelo menos, com um
integrante de sua coordenação. Dario não só aceitou participar como elogiou a
iniciativa do Sindifisco Nacional.
Fonte: Sindifisco
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