Portuários aprovam Greve Nacional e o
presidente da FNP pede para a Guarda Portuária parar
Os
trabalhadores portuários de todo o País farão duas paralisações para marcar a
rejeição da categoria à Medida Provisória (MP) 595. A primeira delas será
sexta-feira, das 7 às 13 horas. A segunda acontecerá na terça-feira da próxima
semana, das 13 às 19 horas. Cruzarão os braços os avulsos e os empregados de
todas as companhias docas, incluindo a CODESP, que administra o Porto de
Santos.
Esse
foi o resultado do primeiro dia da Plenária dos Trabalhadores Portuários, que começou
ontem e termina amanhã, em Brasília. Participaram lideranças sindicais de
vários portos. O ponto comum entre eles é o temor com a MP 595, que cria o novo
marco regulatório nos portos.
Na
semana passada, os portuários de Santos já tinham decidido parar por 6 horas na
sexta-feira. Contudo o movimento ganhou o apoio de outros sindicatos do País.
Tudo com o objetivo de pressionar os deputados e senadores que analisarão a MP
595 no Congresso a partir de hoje.
“É
uma decisão importante para mostrar ao Governo Federal e aos parlamentares que
precisamos negociar mudanças na MP. Ela nos prejudica demais, é horrível em
diversos aspectos. O avulso tem que ter o direito de atuar nos portos
particulares, já que estes concorrerão com os públicos”, explicou o presidente
da Federação Nacional dos Estivadores (FNE), Wilton Barreto.
Além
da FNE, a plenária contou com a participação da Federação dos Portuários (FNP)
e Federação Nacional de Conferentes, Consertadores, Vigias e Trabalhadores de
Bloco (FENCCOVIB), além dos deputados federais Paulo Pereira da Silva (PDT-SP)
e Marcio França (PSB-SP). Em conjunto eles tentarão costurar politicamente as
mudanças no texto da MP que os portuários acham necessárias.
“É
para parar todo mundo, inclusive a Guarda Portuária, que está excluída do texto
da MP”, disse o presidente da FNP, Eduardo Guterra, apoiado pelo presidente da
FENNCCOVIB, Mário Teixeira, que disparou: “Isto é necessário para não perdermos
o trem da história. Se não fizermos nada agora, o texto pode tramitar
rapidamente na Câmara, ir para o senado e ser aprovada num piscar de olhos”.
A MP-595
A
MP-595 tem 120 dias para ser convertida em lei, após votação de deputados
federais e senadores no congresso nacional, em Brasília.
Se
até o começo de abril ela não for votada, será anulada e o seu conteúdo só
poderá ser apresentado de novo em 2015.
O
problema é que os parlamentares criaram 646 emendas, algumas para melhorar o
texto, outras para descaracterizá-lo e até barra-lo de vez.
A MP
595 também centraliza o poder de comando das decisões portuárias nas mãos da
Secretaria de Portos (SEP) e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários
(ANTAQ), que ficam em Brasília.
Sindicalistas serão recebidos na Casa
Civil
Everandy Cirino, presidente do Sindaport na Plenária em Brasília
A
queda de braço envolvendo o Governo Federal e trabalhadores dos portos terá
mais um importante capítulo nesta sexta-feira. Depois de muita insistência,
mobilização e articulação política pelos corredores do Congresso Nacional,
dirigentes sindicais de Santos serão recebidos por técnicos da Casa Civil,
órgão diretamente ligado à Presidência da República, para discutirem os efeitos
da Medida Provisória 595.
De
acordo com as exigências feitas pela ministra-chefe, Gleisi Hoffmann, somente
terão permissão para participar da reunião membros das centrais sindicais,
entidades que congregam diversos sindicatos das mais variadas categorias,
inclusive a dos portuários. O presidente do Sindicato dos Empregados na
Administração Portuária (Sindaport), Everandy Cirino dos Santos, será o
representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT), enquanto Rodnei
Oliveira da Silva, presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos,
representará a Força Sindical.
O
agendamento do encontro foi bastante comemorado pelos sindicalistas.
"Considerando a falta de diálogo com os trabalhadores, marca registrada de
um governo que optou por discutir com alguns poucos mega empresários não só a
MP dos portos, mas sobremaneira os rumos da Nação, creio que é um grande passo
para nós que praticamente fomos alijados desse processo", disse o líder do
Sindaport.
Vice-presidente
da Federação Nacional dos Portuários, Cirino disse que vai defender os
interesses dos empregados da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e
de outras administradoras públicas, além dos trabalhadores avulsos. "A MP
fere alguns princípios definidos na própria Constituição Federal com relação
aos portos brasileiros, os quais pretendo abordar, como a questão da Guarda
Portuária e a garantia de emprego dos colaboradores das estatais, temas
relevantes e prioritários".
Após
dois dias de longas e exaustivas discussões com a direção da Embraport, em
Santos, que resultou na desocupação, por parte de um grupo de portuários, do
navio chinês Zhen Hua atracado no terminal da empresa, Rodnei Oliveira da Silva
rumou para Brasília na tarde desta terça-feira para se juntar ao grupo de
dirigentes de todo o Brasil na luta contra a MP 595. "Conseguimos um
acordo com a direção do terminal portuário, que utilizará os trabalhadores do
Ogmo (Órgão Gestor de Mão de Obra) ao invés dos chineses da tripulação".
Ao
lado de Everandy Cirino, Rodnei discutirá os reflexos da MP sobre a atividade.
"Temos as questões econômicas e sociais que envolvem as cidades
prioritariamente portuárias, como Santos, Vitória e outras". Segundo o
dirigente o embate com a Embraport, onde portuários santistas seriam
substituídos por trabalhadores chineses no desembarque dos equipamentos, deixou
claro que a MP poderá trazer o desemprego em massa. Para Rodnei, a luta contra
a MP deve ser combatida por vários seguimentos e não apenas pelos portuários.
"Vou para a reunião com os técnicos da Casa Civil e levo como exemplo esse
lamentável fato que aconteceu em Santos".
Fonte: Jornal A Tribuna - Sindaport
CHEGOU A HORA DA GUARDA PORTUARIA DE TODO O PAIS
ResponderExcluirENTRAR EM AÇÃO,NESTA SEXTA NOS DO PORTO DE LAGUNA
FAREMOS NOSSO MOVIMENTO AQUI NO NOSSO PORTO E
NA TERÇA FEIRA UM GRUPO DE DEZ A DOZE PESSOAS
JUNTO COMIGO ESTARÃO EM SANTOS PARA ADERIRMOS A PARALIZAÇÃO
NO PORTO DE SANTOS,FAREMOS UM BATE E VOLTA A SANTOS
VAMOS A LUTA NADA VEM DE GRAÇA VAMOS FAZER NOSSA
PARTE JUNTO COM OS SINDICATOS DE TODAS AS CATEGORIAS.
AVANTE GUARDAS PORTUARIOS A MP 595 E A BANDIDA DA VEZ.
O ATUAL PRESIDENTE DOS SINDGUAPOR, SINDICATO DOS GUARDAS PORTUÁRIOS DO ESTADO DO PARÁ, ENVERGONHOU TODA A CATEGORIA, POIS, ALÉM DE NÃO ASSINAR A PARALISAÇÃO, ELE PRÓPRIO TENTOU DESMOBILIZAR A PARALISAÇÃO, PROPAGANDO NO DIA ANTERIOR QUE NÃO HAVERIA PARALISAÇÃO NO DIA 22. MUITO ESTRANHO.
ResponderExcluirExmo sr.linformo ao mesmo que o atual efetivo da Guarda Portuária no Porto de São Sebastião é pequeno não creio que os mesmos vão aderir a paralisação. Outrora em anos passados a maioria foi demitida sem que o SINDAPORT se manifestase isso ocorreu após alguns membros ter ido no sindicato e após essa visita houve as demissões.
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