Liberação para terminais movimentarem cargas de terceiros preocupa portuários
Portuários esperam publicação de medida provisória para
avaliar o impacto do programa de investimento dos portos lançado pelo governo
federal nesta quinta-feira (6). Entre as medidas anunciadas pela presidenta
Dilma Rousseff, a liberação dos Terminais de Uso Privativo (TUPs) para
movimentar cargas de terceiros preocupa os trabalhadores.
“Precisamos garantir que as negociações capital x trabalho
com esses terminais sejam feitas com os sindicatos no âmbito das três
federações”, defendeu o presidente da Federação Nacional dos Portuários (FNP),
Eduardo Guterra, ao participar de reunião com representantes das três
federações na tarde de hoje.
Durante o anúncio do marco regulatório dos portos
brasileiros, a presidenta Dilma Rousseff assegurou a garantia dos direitos dos
trabalhadores. “Aos trabalhadores portuários digo que nenhum direito trabalhista
será retirado”, afirmou.
A presidenta ressaltou ainda a necessidade de investimentos
na capacitação de mão de obra. Disse também que será exigido cumprimento de
metas e gestão profissional das companhias Docas.
Para fomentar a competitividade dos portos brasileiros o
governo federal vai investir R$ 54,2 bilhões até 2017 em arrendamentos e
terminais privativos (TUP), sendo R$ 31 bilhões nos anos de 2014 e 2015 e R$
23,2 bilhões em 2016 e 2017. “O objetivo é movimentar a maior quantidade de
carga com menor custo” disse a presidenta Dilma Rousseff.
Serão feitos investimentos em dragagem, infraestrutura,
aumento da movimentação de cargas. Haverá uma reorganização no setor, o
planejamento portuário será integrado com o de transporte e a Secretaria de
Portos passa a ser responsável pela centralização do planejamento.
Além disso, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários
(Antaq) deixa a pasta do Ministério dos Transportes e estará vinculada a SEP.
De acordo com o ministro da SEP, Leônidas Cristino, o serão
licitados os 54 terminais concedidos à iniciativa privada antes da Lei
8.630/93.
As licitações para concessão de portos e arredamentos dentro
do porto organizado vão considerar a maior movimentação com menor tarifa. Já as
autorizações para os TUPs serão feita por chamada e seleção públicas.
Medidas como a extinção do Órgão Gestor de Mão de Obra
(Ogmo), a privatização da administração portuária e o fim dos Conselhos de
Autoridades Portuárias (Caps) não se confirmaram.
Apesar disso, o presidente da Federação Nacional dos
Portuários (FNP), Eduardo Guterra, considera que ainda é preciso está
alerta. “Depois que forem divulgados na
integra o programa para os portos se ficar claro que os trabalhadores serão
prejudicados, vamos está mobilizados para lutar pelos nossos direitos”,
ressaltou.
Ao participar de reunião na tarde de hoje, os presidentes da
Federação Nacional dos Estivadores (FNE), Wilton Barreto, da Federação dos
Conferentes, Consertadores, Vigias e Trabalhadores de Bloco (Fenccovib), Mário
Teixeira e da FNP, Eduardo Guterra, avaliaram que a participação dos
trabalhadores nas discussões que foram feitas ao longo do ano sobre o assunto e
nas reivindicações que foram encaminhadas ao governo geraram resultados como o
compromisso da presidenta com os direitos da categoria.
Por Adriana de Araújo, assessora de comunicação da FNP
Fonte: Revista Exame
Boa tarde Carlos!!!
ResponderExcluirEstive lendo toda a MPV 595, e tive a impressão de que de uma certa forma deixaram a Guarda Portuária de fora desta MP, já que ela acabou revogando a lei 8630/93, onde em um primeiro momento era a única lei que obrigava os Portos a "manterem e organizar a Guarda Portuária", e sendo assim como será que fica a Guarda em um contexto geral? Será que vem coisa exclusiva para a Guarda em 2013?
Você tem razão, esta Medida Provisória, revogando a Lei 8.630, tira a única Lei que cita a Guarda Portuária.
ResponderExcluirAgora cabe a categoria lutar para alterar a MP no Senado.
Já fiz o mesmo comentário a alguns companheiros para o nosso sindicato começar a mobilização para os procedimentos necessários, não podemos ficar vendo o barco passar sem a gente dentro...
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