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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

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INSPETORES DA GUARDA PORTUÁRIA RECUPERAM AUTONOMIA






Forças ocultas habitam o prédio da Superintendência da Guarda Portuária do Porto de Santos. Esta é a opinião de alguns guardas que já prestaram serviço durante a noite neste prédio. Um deles jura já ter conversado com uma pessoa que entrou nesse local e em seguida sumiu. Uma guarda portuária, certa vez, após ouvir vozes vinda do andar superior, solicitou a presença de uma viatura, que após vasculhar todo o prédio, nada encontrou.

Existem guardas que só trabalham nesse posto, armados, outros solicitam para não serem escalados no período noturno.

Dizem os mais antigos, que na época da ditadura, algumas dependências da empresa eram utilizadas para manter presos políticos detidos, pela temida, Polícia Portuária.

Acredita-se que essas forças ocultas tem impedido durante anos, o progresso da Guarda Portuária. Alguns lembram que um gerente faleceu em sua sala, durante o horário de trabalho. Esse gerente, apegado ao cargo, sempre ficava depois do horário de trabalho e nas greves não saia para nada, fazia as suas refeições e dormia na sua sala. Apesar de que na época a Guarda ocupava outro prédio, o seu espírito teria acompanhado a mudança.

Mesmo com as forças ocultas que atuam nesse prédio, o atual Gerente de Policiamento da Guarda Portuária – GPG, Luiz Roberto Gomes, após assumir o cargo, conseguiu devolver a autonomia aos inspetores II (inspetores gerais que ficam no Centro de Controle de Operações e Serviços – CCOS e comandam as operações de todas as áreas), para fazerem a escalação dos guardas em todos os postos, inclusive aqueles que trabalham nas viaturas e aqueles que se revezam nos postos de trabalho da Ilha Barnabé.

Esta era uma reivindicação antiga dos inspetores II, pois a mais de 20 anos a escalação já vinha pronta da chefia. Os integrantes da ronda de policiamento eram escolhidos pelo gerente, ou pelo superintendente ou por um dos seus assessores, que inclusive determinava os serviços a serem executados, mesmo não estando presente durante as 24 horas do dia.

O Superintendente, Sr. Ézio Ricardo Borghetti, ao assumir o cargo este ano, também conseguiu, depois de muito trabalho, mas com determinação, acabar com um dos maiores fantasmas que rondavam a Guarda Portuária nos últimos anos, a eterna substituição dos guardas no cargo de inspetor I, e dos inspetores I no cargo de inspetor II, mesmo tendo cargos vagos. Alguns estavam como substitutos no cargo a cerca de 10 anos.

Forças ocultas conservadoras e retrógradas impediam a efetivação dos inspetores, pois mesmo com o parecer do departamento jurídico de que “não existe substituto para cargo vago”, elas não ocorriam. Segundo alguns especialistas em ciências ocultas, isso ocorria para que essas forças pudessem manipular os inspetores como marionetes.

Recentemente o Superintendente, Sr. Borghetti, mudou o mobiliário da sua sala, alterou a posição da sua mesa e mudou a porta de lugar, talvez por acreditar no “feng shui” para combater as energias negativas que ali se concentam, principalmente aquelas deixadas pelo seu antecessor, Celso Simonetti Trench Júnior.

Ainda existe muito trabalho pela frente, pois a Guarda Portuária se encontra numa situação caótica, desmotivada, desmantelada, dividida, desestruturada, mais Borghetti e Gomes, fizeram em pouco tempo, o que muitos que por ali passaram, não conseguiram em muitos anos.


“Se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma história nova”.

Mahatma Gandhi

 
 

2 comentários:

  1. SENSACIONAL.
    A materia em todos os sentidos mostra a realidade que existiu por muitos anos na Guarda Portuária da extinta C.D.S. e atualmente da CODESP., pois passei pelos vários períodos relatados, primeiro como carrasco e depois como perseguido, mais isso é assunto que revelarei em outra ocasião.
    "VENCIDO MAS NÃO DERROTADO".

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  2. Toda fortaleza tem um ponto vulnerável e segundo Sun Tzu, a vulnerabilidade se encontra no inimigo que no caso aqui nada é mais verdade, pois o rastro que deixam os torna frágeis. Se resignar e aceitar a força do outro não é a melhor resposta, mas se queremos mesmo a mudança precisaremos impor resistência e destituir toda tirania.
    Raniery

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